A luxação de patela em cães é um caso bastante comum nas clínicas veterinárias. Essa é uma enfermidade que pode comprometer a mobilidade e saúde dos animais. O problema consiste no deslocamento da rótula, que é um osso do joelho. A rótula tem a função de alinhar os joelhos com os músculos, ‘coordenando’ o movimento da articulação.
Assim, quando a luxação ocorre, acontece o desencaixe das articulações causando muitas dores e comprometimento na mobilidade do animal. Como pontuamos, mesmo sendo uma causa comum de atendimento em clínicas, principalmente em estabelecimentos que oferecem serviços de ortopedia, o tratamento principal é cirúrgico.
Apesar disso, a escolha do tratamento e do tipo de acompanhamento varia de acordo com o grau da enfermidade. Isso porque, a luxação de patela em cães se apresenta em diferentes níveis, com algumas variações de sintomas e, para uma cura efetiva, é preciso levar esses fatores em conta.
Nesse artigo você vai conhecer mais sobre os grau da luxação de patela em cães, seus sintomas e a forma mais comum de tratamento. Confira!
Diferentes graus da luxação de patela em cães
Existem diferentes graus para a luxação de patela em cães, e saber identificá-los é fundamental para um bom diagnóstico. Como cada nível atinge o paciente de uma forma diferente, é importante que o veterinário os identifique corretamente para que faça um bom monitoramento da doença.
Assim, os tipos da luxação patelar em cães são:
Grau 1
Neste nível, o veterinário é capaz de deslocar a patela do lugar e ela volta automaticamente para a posição correta. Nessas situações, a solução é simples com o veterinário devolvendo o osso ao local correto. Esse procedimento não gera maiores dores para o paciente.
Grau 2
Luxações de grau 2 acontecem quando a patela sai do lugar e volta, com frequência. Nesses casos os pacientes já costumam apresentar sintomas, como manqueira regular, e mesmo com o retorno da rótula à posição correta já é recomendado o tratamento cirúrgico. Esse tratamento evita dores e outras complicações.
Grau 3
Quando acontecem luxações de grau 3, a patela sai do lugar porém é preciso do auxílio do veterinário para que o osso retorne ao lugar certo. O próprio animal pode tentar retornar a rótula para o lugar, movimentando a pata. É importante dar atenção a esse comportamento e levar o animal ao veterinário.
Grau 4
Esse é o tipo mais grave de luxação patelar em cães. Aqui, acontece o deslocamento da rótula permanentemente, porém o veterinário não consegue ajustá-la por meio da manipulação. Nesses casos, é necessária a cirurgia de patela no paciente de forma a amenizar o problema.
Sintomas da luxação de patela em cães
A luxação de patela em cães pode ser uma doença discreta, por não apresentar sinais em alguns casos. Porém, assim como reconhecer o grau da doença auxilia no diagnóstico, perceber os sintomas o quanto antes permite uma recuperação mais rápida do paciente.
O andar manco do animal é um dos principais sinais da luxação, que costuma trazer muita dor e desconforto. Contudo existem outros sinais que podem ser observados:
- Claudicação intermitente do animal;
- Dores irregulares, com piora perceptível em tempo frio;
- Distensão da perna traseira ou caminhar;
- Manqueira em um ou duas pernas traseiras;
- O animal deixa de se apoiar em uma das patas para urinar;
- Articulações inchadas;
- Incapacidade de realizar saltos e pulos rotineiros;
- Rotação da parte inferior da pata em direção à luxação.
Tratamentos da luxação patelar
Como a origem da luxação de patela em cães pode ser congênita ou em decorrência de algum trauma, existem algumas maneiras de realizar o tratamento. É importante considerar fatores que podem causar o aparecimento dessa condição.Algumas causas comuns são acidentes relacionados a saltos ou quedas ou, até mesmo, obesidade, pois neste caso existe um sobrepeso no membro. Dessa maneira, assim como o grau da doença interfere no tratamento escolhido, os sinais apresentados e a origem também tem seu papel nessa decisão.
Portanto, existem dois tipos de tratamentos indicados para os possíveis tipos de luxação: o tratamento clínico (conservador) e o cirúrgico. No primeiro caso, é feita a administração de medicamentos específicos, dietas para controle de peso do paciente. Esse tipo de tratamento é recomendado, comumente, para pacientes com graus 1 e 2 de luxação patelar.
Já para pacientes com luxações em grau 3 e 4, é recomendado o tratamento cirúrgico. Nesta cirurgia são utilizadas técnicas ortopédicas como a trocleoplastia, a ressecção do sulco troclear com transposição da tuberosidade tibial, a imbricação da cápsula articular, a desmotomia e as osteotomias corretivas. Após a realização do procedimento, a recuperação acontece em torno de dois meses, sendo que em alguns casos é preciso ainda algumas sessões de fisioterapia.
A importância da capacitação do profissional
Então, foi possível ver como a luxação de patelas em cães requer uma atenção especial tanto dos tutores como dos veterinários. Diagnosticar e tratar esse tipo de condição leva em conta diversos fatores e, portanto, é preciso ter segurança no momento de decidir qual caminho seguir. Principalmente em casos onde a cirurgia é a resposta, é fundamental que o profissional esteja preparado para atender seus pacientes.
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Fontes: Ortopet, Petz e Blog Mundo Veterinário