O botulismo se caracteriza por ser uma doença não contagiosa e que se resulta da ação de uma toxina muito potente, podendo acometer em três formas, sendo elas o botulismo alimentar, o botulismo por ferimentos e o botulismo intestinal.
O local de produção da toxina se difere em cada uma das formas descritas, mas todas se caracterizam clinicamente por manifestações neurológicas ou gastrointestinais. Dependendo da apresentação da doença ela pode ter evolução grave.
A toxina que é absorvida no trato gastrointestinal ou no ferimento expande-se por via hematogênica até as terminações nervosas, levando ao bloqueio da liberação da acetilcolina. Consequentemente, há falha na transmissão de impulsos nas junções das fibras nervosas, o que resulta em paralisia flácida dos músculos que os nervos controlam.
O alimento contaminado que é consumido junto com a toxina pode proteger os alimentos do efeito insalubre dos ácidos durante a passagem pelo estômago. No intestino delgado a toxina é muito absorvida, passando para o sistema linfático e depois para a corrente sanguínea.
Existem dois grupos diferentes de toxina os proteolíticos e os não proteolíticos. As cepas proteolíticas produzem uma pro-toxina que sofrerá ação de proteases do próprio microrganismo ainda no alimento. O dano causado na membrana é permanente, e a recuperação dependerá da formação de novas terminações neuromusculares.
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Fonte: Manual do Botulismo
Adaptação: Revista Veterinária