Antes de se iniciar qualquer procedimento em um animal, deve-se ter pré-definido o método, os materiais que serão utilizados, a duração aproximada, os medicamentos e os equipamentos necessários para reverter o efeito do anestésico, em casos de alguma disfunção do organismo do animal por causa da anestesia, como reação alérgica à droga ou quantidade excessiva, levando em conta que diferente da medicina humana, na veterinária nem sempre são feitos todos os exames para checar o funcionamento de todo o organismo, quando não há nenhuma suspeita, sendo normalmente realizado apenas um hemograma.
Vários critérios como idade, espécie e estado de saúde do animal são analizados antes de ser decretado o tipo de anestésico a ser utilizado. Além da programação normal, existem algumas observações que auxiliam nesta escolha, uma vez que algumas patologias podem ser agravadas em uma escolha incorreta.
Em animais portadores de afecções renais, hepáticas ou cardíacas, devem ser evitados barbitúricos ou fármacos que interfiram de maneira significativa nos parâmetros fisiológicos do animal, como Xilazina, principalmente quando associada a medicamentos hipertensores.
Já a fenotiazina e seus derivados, são contraindicados em casos de hipovolemia ou animais em choque toxêmico, devido à vasodilatação periférica e à consequente hipotensão.
Em casos de cesariana, os indicados são os anestésicos gerais, optando ainda pelos que têm menor facilidade de atravessar a barreira placentária, evitando acidose fetal ou até depressão e morte do filhote.
Cuidados ainda devem ser tomados em animais obesos, uma vez que seu comportamento frente à anestesia barbitúrica é diversificado e perigoso pela sua alta solubilidade lipídica.
A espécie do animal também é um critério importante na hora da escolha do anestésico adequado, um exemplo disso é o Cloridrato de Xilazina, que é ótimo para bovinos, caprinos e ovinos, mas é ineficiente em suínos e tem atuação variável em equinos, não sendo primeira escolha.
Já em intervenções cirúrgicas demoradas não é aconselhado o uso exclusivo de barbitúricos, pois eles possuem uma pequena duração do efeito e não se deve utilizar repetidas aplicações do mesmo durante o procedimento, provocando uma reação acumulativa e demorando assim um tempo muito maior para recuperação pós-cirúrgica/anestésica do animal. Por isso pode ser feito o emprego do pentobarbital, ou de maneira mais eficiente, a anestesia volátil (inalatória).
Conclui-se que “o anestésico ideal é aquele que é aplicado imediatamente antes da intervenção e cujo efeito cessa logo após o término da mesma”.
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Fontes: Ebah
Adaptação: Revista Veterinária
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