Existe uma diversidade de técnicas utilizadas para a reprodução animal, uma vez que é uma área na Medicina Veterinária de retorno financeiro certo. Mesmo com essas já existentes, outras vêm proporcionando maior praticidade, menor custo e bem-estar animal, substituindo estas.
Consideramos a aspiração transvaginal com o uso da ultrassonografia ser o método mais eficiente para obtenção de oócitos in vivo, hoje, pois através do exame ultrassonográfico as fêmeas com baixo potencial para o fornecimento de oócitos podem ser identificadas no momento antes da OPU (ovum pick up). Antes da ultrassonografia, as técnicas de laparoscopia transvaginal e paralombar eram as que mais se destacavam, por serem menos invasivas que a laparotomia exploratória.
O primeiro relato do uso da ultrassonografia para tal fim foi para auxiliar em uma punção ovariana transcutânea na região lombar. Somente um ano depois foi descrita a técnica de aspiração folicular com ultrassonografia transvaginal, que tornou viável o aproveitamento de oócitos bovinos, sem as limitações por procedimentos já existentes.
O transdutor comumente usado é o humano ou micro-convexo, mostrando-se altamente adequado às condições anatômicas de vacas e pequenas novilhas pré-púberes, além de permitir clara visualização dos folículos. O transdutor setorial também demonstrou grande eficiência, principalmente na visualização de pequenos folículos, quando comparados ao transdutor linear.
Inicialmente as punções ovarianas eram feitas com agulhas resistentes e espessas com uma média de 55 cm de comprimento, porém devido a seu custo elevado estas foram substituídas por agulhas hipodérmicas descartáveis, que geralmente, porém incorreto, são reaproveitadas para outros animais e por não serem muito resistentes, seu bisel entorta, diminuindo sua capacidade de penetração no ovário, fazendo com o que o Médico Veterinário aplique mais força, podendo resultar em uma lesão no órgão do animal, como uma séria lesão no estroma ovariano ou mesmo uma maior dificuldade de recuperação de oócitos.
Não é indicado como instrumento mais seguro a agulha hipodérmica, e mesmo com ela, acaba sendo uma técnica restrita à elite, por apresentar um custo inacessível para pequenas propriedades agrícolas. Para situações como essa surgiu o “CATI leite”, projeto que tem como objetivo aumentar a produtividade de leite em propriedades familiares, instruindo as pessoas que trabalham na área a melhorar o desempenho da sua produção, dando ênfase na alimentação, manejo e reprodução. A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral à CATI começou a oferecer atendimento com ultrassom para pequenos produtores, só no mês de março mil vacas foram avaliadas em todo o estado de São Paulo.
Após o surgimento dessa nova técnica de diagnóstico de problemas no trato reprodutivo em vacas, abriu-se uma nova esperança de maior lucratividade dentro da propriedade, afirma a pecuarista privilegiada com o projeto, Fátima Luiz Barcelos.
Quais são os princípios básicos da ultrassonografia?
Conheça o a anatomia do aparelho reprodutor de fêmeas bovinas.
Quais são os fatores biológicos que afetam os resultados da OPU?
Fontes : Pt. Scribd
Adaptação: Revista Veterinária