A criação de animais vem se modificando e se aperfeiçoando com o passar dos anos, setores como a nutrição, instalações, manejo sanitário, bem-estar, genética e reprodução crescem e se desenvolvem se maneira significativa, objetivando atingir níveis elevados de produção de alimentos, tornando os sistemas mais eficientes e aumentar os ganhos econômicos.
Com todo esse crescimento, na reprodução animal a inseminação artificial associada a outras técnicas de reprodução, permite melhorias significativas na qualidade do rebanho com maiores rendimentos econômicos. As vantagens da inseminação artificial são aumento do número de descendentes do reprodutor, cruzamentos que modificam as características da produção, aceleramento da introdução de novos processos genéticos, aproveitamento do período fértil da fêmea, previsão e controle do momento do parto e redução do índice de doenças sexualmente transmissíveis. O sêmen utilizado na técnica de inseminação artificial pode ser de três formas: fresco, resfriado ou congelado, existindo vantagens e desvantagens para cada método, o profissional que irá decidir qual a melhor forma de se aplicar.
Na IA à utilização do sêmen fresco é simples, oferecendo as melhores taxas de gestação, quando aplicada corretamente. As vias de inseminação podem ser variadas, a principal é a intravaginal e o líquido diluente pode ser prostático. Se o material não for suficiente uma segunda amostra pode ser coletada, já que o volume do ejaculado varia entre as espécies, dependendo muitas vezes do tipo de coleta que pode ser por eletroejaculação, manipulação digital ou vagina artificial.
O sêmen resfriado pode ser armazenado por um período de quatro a nove dias, mantém o número de espermatozoides viáveis por maior tempo, contudo a viabilidade espermática começa a diminuir após 72 horas de armazenamento, independentemente do diluente utilizado.
Já o sêmen congelado possui maior flexibilidade quanto ao uso, porém as mudanças são drásticas pós-descongelamento. A diminuição da viabilidade espermática deve-se ao grande estresse térmico, mecânico, químico e osmótico. Para que ele apresente capacidade fértil considerável quando reaquecido, é essencial o uso de um bom diluente, que contenha nutrientes que sirvam como fornecedores de energia e agentes tamponantes, além da concentração de eletrólitos dentro dos padrões fisiológicos. Também é necessária a adição de agentes crioproteptores, que promovem uma proteção celular contra o congelamento.
Cabe assim, ao profissional responsável pela aplicação da técnica, escolher qual é o melhor método para o rebanho a ser fecundado.
Fonte: Cead
Adaptação: Revista Veterinária