A técnica de inseminação artificial (IA) em bovinos, é empregada objetivando o avanço genético dos rebanhos, se desenvolve em passo acelerado na pecuária bovina brasileira e movimenta mais R$400 milhões, exigindo cada vez mais mão de obra capacitada para sua efetivação. O domínio destas tecnologias, praticamente, garante ao profissional acesso a um setor de mercado em constante desenvolvimento.
A IA consiste no conjunto de eventos que acontecem desde a colheita do sêmen, sua análise e processamento em laboratório, a manutenção por períodos variáveis em condições extracorpóreas, até a sua introdução no trato genital de uma fêmea. A técnica é uma ferramenta eficaz no melhoramento genético e no aumento da eficiência produtiva dos rebanhos.
As vantagens proporcionadas pela técnica são: controle da transmissão de doenças infectocontagiosas da esfera reprodutiva; incremento do melhoramento genético e da produção animal; aprimoramento do controle zootécnico; racionalização do manejo reprodutivo; redução dos problemas de partos em novilhas epossibilidade do nascimento de crias após a morte do pai. Em contrapartida encontra-se algumas limitações como a falta de mão-de-obra especializada e a consequente utilização da técnica de forma errada.
Nas etapas do procedimento é preciso verificar se a vaca encontra-se em cio, são aconselhadas duas observações ao dia, uma no início da manhã e outra no final da tarde, por um período de 60 minutos, no mínimo. O cio pode ser identificado através da aceitação da monta de outros animais. Quando identificado o cio é preciso que as vacas que apresentaram cio pela manhã, sejam inseminadas à tarde do mesmo dia e as que apresentam cio à tarde, devem ser inseminada na manhã seguinte com intervalos de 12 horas.
Os procedimentos técnicos seguidos são: conter o animal no tronco; esvaziar o reto e observar o aspecto do muco vaginal; realizar uma correta higienização do períneo e da vulva; preparar o aplicador, a bainha, a tesoura, o papel toalha, a luva e a pinça; aquecer a água a 37°C para descongelar o sêmen e descongelá-lo adequadamente (37°C por 30 segundos); secar a palheta adequadamente; montar o aplicador com a palheta; calçar a luva; abrir os lábios vulvares e introduzir o aplicador na vagina; introduzir a mão no reto, encontrando a cérvix da vaca e passando o aplicador até o corpo do útero; depositar o sêmen devagar; retirar o aplicador e a mão do reto; retirar o aplicador e o braço e faça uma massagem no clitóris da vaca; retirar a bainha descartável e a luva e joga-as no lixo; realizar limpeza do aplicador universal periodicamente e anotar todos os dados da IA na ficha do animal.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Veterinária
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