A coleta não cirúrgica de embriões em ovelhas

coleta não-cirúrgica consiste em recuperar os embriões da doadora realizando-se uma "lavagem" interna do útero com uma solução apropriada por meio de um cateter introduzido através do canal da cérvix.

É realizada a contenção do animal através de um tronco específico Inicialmente, evitando riscos de ferimento no animal e no operador. Em seguida, utiliza-se anestesia epidural com 1 ml de solução 1% de lidocaína a fim de promover relaxamento do reto e do útero do animal, facilitando a passagem da sonda pela cérvix. Pode-se fazer um pequeno ponto de anestesia no fundo de saco vaginal com um chumaço de algodão embebido em 3 ml de anestésico por alguns minutos.

É feito inicialmente o procedimento semelhante à inseminação transcervical, para a passagem da sonda pela cérvix, introduzindo-se um espéculo vaginal e pinçando o primeiro anel cervical com uma pinça de Pozzi. Traciona-se a cervix e colocam-se duas pinças de Allis para fixação da mesma. Atravessa-se a cérvix com um expansor-aplicador, dilatando-se o máximo possível com movimentos giratórios.

Com uma sonda nasal humana, retira-se o aplicador e passa-se a cérvix nº 8 ou 10, com o auxílio interno de um mandril metálico. Retira-se o mandril e encaixa-se um equipo e duas conexões de 3 vias ligando uma bolsa de meio de lavagem uterina sonda e a um filtro de embrião, em um sistema fechado.

Uma vez posicionada a sonda no útero, em um dos cornos uterinos, é feita a coleta através da perfusão uterina com Meio Dulbbeco Modificado (DPBS) com surfactante (0,1 % SFB), a uma temperatura de 25°C, pH 7,2 e osmolaridade de 290 miliosmol. A quantidade de DPBS depositada por vez pode variar de 10 a 25 mL, porém o operador deve verificar o preenchimento uterino, pois o excesso pode levar a uma ruptura uterina.

A retirada do líquido é feita por movimentações na sonda.,que promovem a saída do conteúdo líquido por gravidade para um filtro de coleta de embriões. Deste filtro, o meio é transferido para uma placa de Petri e examinado sob uma lupa estereomicroscópica para o rastreamento dos embriões. Assim que localizados, os embriões são passados para uma placa de Petri de menor tamanho (30 mm), contendo uma solução de manutenção de embriões (Embryo Holding Solution).

Os embriões são coletados 5,5 a 6 dias após a inseminação artificial, quando estarão acessíveis à coleta.

Fonte: CPT Cursos Presenciais

Adaptação: Revista Veterinária

 

Conheça o Curso de Inseminação Artificial Transcervical em Ovinos

   



Atualizado em: 12 de dezembro de 2012