A primeira providência a ser tomada, assim que for possível, logo após o nascimento de um bezerro é aplicar iodo no umbigo. É preciso deixar a solução em contato com o umbigo pelo menos durante 30 segundos. Depois, é aplicada uma injeção de um medicamento que previne o ataque de bicheiras e outros parasitas.
O zootecnista Danilo Tomazzello explica que a aplicação deve ser feita de forma subcutânea, não pode atingir o músculo. Se um umbigo não tiver sido bem cuidado, o risco de infecção é grande. O tratamento é mais demorado e tem que ser feito com antibiótico. Por fim, quem cuida do rebanho corta os pelos da ponta do rabo dos bezerrinhos, como forma de identificar os que já foram tratados.
Nas fazendas de pecuária a temporada é de nascimento de bezerros, época de trabalho dobrado para a família de Robervon de Lima, da fazenda Campo Grande, em São Luis de Montes Belos, centro-oeste goiano. Uma ou duas vezes por semana, ele tem que reunir as vacas paridas para um serviço que pode evitar enormes prejuízos no rebanho. Com um abre e fecha de porteiras, o pessoal faz logo o trabalho. Vacas para um lado, bezerros para outro, onde recebem os primeiros cuidados.
Na fazenda PH, também em São Luiz de Montes Belos, quem cuida do rebanho é o administrador Erzon de Oliveira. Além de fazer a cura do umbigo da bezerrada, ele mantém sempre um banco de colostro no freezer. O colostro é o leite que a vaca produz nos primeiros dias após o parto, um alimento rico em anticorpos.
O zootecnista explica que quando o bezerro não mama nas primeiras horas de vida, é preciso entrar com o colostro. Depois de retirado do freezer, ele deve ser aquecido a 30 graus no máximo. Se for fervido, perde os anticorpos. A recomendação é que o bezerro, no primeiro dia de vida, tome ao menos três litros de colostro.
De acordo com a Embrapa a média da mortalidade de bezerros no rebanho brasileiro é de 8%. Danilo diz que um bom manejo poderia reduzir à estatística. “A cura de um umbigo, a presença do colostro são coisas simples, mas de alto peso na fase de cria dos bezerros”, ele afirma.
Fonte: G1
Adaptação: Revista Veterinária
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