O modo de vida da sociedade, nos últimos anos, promoveu estreitamento nas relações entre seres humanos e animais de companhia. Esses laços com os animais têm permitido uma melhor superação de situações adversas e qualidade de vida aos seres humanos. Além disso, em alguns casos específicos, como doenças crônicas e terminais, cães e gatos têm sido importantes pela participação em programas de zooterapia, auxiliando na recuperação psicológica de pacientes, desempenhando, dessa forma, um papel social importante.
Prova disso é o crescimento no número de animais de estimação alcançado recentemente. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos Pet (2007), calcula-se que existam atualmente no Brasil cerca de 31 milhões de cães e 15 milhões de gatos, sendo o segundo país do mundo em número de animais de companhia.
Por causa dessa maior proximidade aumenta a preocupação em proporcionar a esses animais boa saúde e melhor qualidade de vida, aumentando a longevidade e o bem-estar, e a alimentação é um fator primordial nesse processo. Oferecer nutrição adequada aos cães e gatos pode funcionar como uma importante medida de saúde preventiva, evitando a ocorrência de distúrbios secundários, tais como obesidade, patologias ósseas, dentre outras. Essa necessidade está promovendo um grande avanço no campo da nutrição e alimentação destes.
O maior conhecimento a respeito de suas necessidades nutricionais possibilitou o crescimento do mercado de alimentos comerciais observado nos últimos anos. Segundo dados da ANFAL-PET, em 2007, a indústria brasileira do setor produziu 1,8 milhões de toneladas de alimentos para cães e gatos. A Região Sudeste é a maior responsável por este resultado, respondendo por 52,64% do mercado, seguida pela Sul (40,42%), Centro-Oeste (4,45%), Nordeste (1,94%) e Norte (0,55%). O balanço mostrou aumento de 4,26% em relação a 2006, o que representa um faturamento em torno de US$ 3,07 bilhões. Esses números levam o Brasil à colocação de segundo maior mercado do mundo em volume de produção, com uma geração de cerca de 12.000 empregos diretos.
Os produtos gerados estão segmentados em quatro categorias principais: econômica ou básica, que representa 65% do mercado e absorve todo o crescimento do setor; Standard, que representa 23% do mercado; Premium – 8% do mercado; Super Premium (4%).
Diante dessa diversidade de produtos, em busca de orientações, de como melhor alimentar seu animal de estimação, as pessoas procuram os médicos veterinários, aumentando a procura por tais profissionais. Além disso, o crescimento alcançado pelo setor da indústria de alimentos comerciais gerou nos últimos anos espaço para atuação de profissionais da medicina veterinária, zootecnia e agronomia, com o objetivo de garantir o controle da qualidade das matérias-primas utilizadas, de possibilitar a elaboração de formulações adequadas e que atendam às exigências dos cães e gatos e de realizar assessoria técnica em clínicas veterinárias e junto a canais de comercialização, entre outros.
Fonte: Portal da Educação
Adaptação: Revista Veterinária
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