Na cidade de Campinas, São Paulo, uma equipe de voluntários realiza um lindo trabalho, através da ATEAC (Instituto para Atividades, Terapia e Educação Assistida por animais de Campinas), que promove visitas de cães treinados em instituições de saúde com o objetivo de espalhar sorrisos por onde passam e assim, aumentar a velocidade de melhora dos pacientes.
Os animais podem ajudar no tratamento de problemas físicos e emocionais. Os mascotes proporcionam autoconfiança para as crianças e podem servir de parceiros dos idosos em exercícios. Pesquisas revelam que pacientes que tiveram esse contato com os animais saíram do hospital dois dias antes que o previsto.
Para esse trabalho, os animais passam por alguns processos. Inicialmente devem ser animais que convivam bem em sociedade, ou seja, tanto na presença de outros animais quanto de outras pessoas além do seu dono. A segunda parte é quando é feito o treinamento dos mesmos, com duração de aproximadamente cinco meses para cães adultos e 1 ano para filhotes, que necessitam de mais tempo para aprenderem a não morder, não pular, mesmo que de brincadeira. Depois de todo o processo de adestramento e treinamento, os cães precisam passar por um check up antes de partirem para as visitas. Nesse check up são feitos exames laboratoriais, clínicos e é necessário que todos estejam com os cartões de vacinação em dia, daí são realizadas técnicas especiais de higienização.
A ATEAC, atualmente, é constituída de 68 voluntários e 63 cães, e a equipe visita três hospitais e seis instituições de deficiências múltiplas, autismo, problemas mentais, entre outros.
Segundo a Drª Nelory, veterinária há quase 60 anos e também psicóloga, que por mais de uma década utiliza seus animais em visitas terapêuticas em instituições, diz que animais fazem bem para a saúde. O calor que um animal passa quando está no seu colo lhe trás uma sensação de proteção, companhia, pinta as paredes de outra cor, faz sorrir, relaxar e tudo isso depois é medido pelo sistema nervoso, quando então há liberação de endorfinas, afirma.
Além da ajuda que animais dão às pessoas doentes, existem muitos relatos de crianças quanto de adultos que melhoraram muito seu convívio com outras pessoas depois de ganharem um animal de estimação. A companhia de um animal faz bem, e acaba sendo uma responsabilidade a mais para seu dono, pois se ele não colocar comida, não limpar o lugar que o animalzinho fica nem o educar, o próprio não consegue fazer sozinho, e tudo isso acaba sendo feito com diversão, pois os animais são tão inocentes que têm o poder de arrancar sorrisos em todas as situações.
Outra terapia, de técnicas mais antigas ainda, é a Equoterapia, que é o tratamento de pacientes, na maioria das vezes vítimas de acidentes, deficiências mentais e motoras com a utilização de cavalos. Uma pesquisa inglesa mostrou que a utilização dessa terapia diminuiu pela metade o uso de medicamentos para dor.
Instituições que oferecem a equoterapia são formadas por equipes multidisciplinares, compreendendo fisioterapeutas, psicólogos, condutores dos animais, terapeutas ocupacionais e educadores físicos e geralmente o praticante é acompanhado de pelo menos dois profissionais. Foi constatado que o ritmo de movimentação do cavalo é bem parecido como ritmo humano, onde se concentra a base do tratamento, pois uma pessoa bem posicionada no animal recebe informações em seu cérebro como se estivesse andando sobre as próprias pernas, obtendo uma melhora incrível, principalmente, no equilíbrio.
O convívio com animais diminui problemas cardiovasculares e por estresse e muitas vezes são os médicos que receitam essa parceria.
Fonte: Globo TV
Adaptação: Revista Veterinária
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