Diferente de humanos, os animais não apresentam uma contagem estipulada de idade, ou seja, muitos dizem que cada ano, na contagem humana, representa 6 anos na vida de um cão, porém, esse dado é aproximado, tendo em vista a expectativa de vida da espécie. Um animal jovem pode apresentar doenças ou disfunções características de velhos, como animais idosos apresentarem disposição de jovens, logo, para definir um animal como paciente geriátrico, são necessários exames clínicos e laboratoriais para avaliar seu estado de saúde, individualmente.
Segundo Mosier a velhice é um conjunto de processos biológicos complexos, que resultam em uma redução progressiva da capacidade do indivíduo manter a homeostasia, ou seja, a capacidade do corpo de manter um equilíbrio dos componentes e funções, simultaneamente.
A expectativa de vida de cães e felinos gira em torno de 10 e 11 anos, porém, não se faz regra, uma vez que, em 1995 foi publicado no Guinness Book of Records um recorde de um cão com 29 anos de idade e um felino com 34. Em uma pesquisa realizada no Reino Unido, na clínica veterinária da Universidade de Edinburgo, foram observados 6.417 gatos e 20.786 cães e dentre eles obteve-se o seguinte resultado: apenas 34,9% dos cães e 27,9% dos gatos tinham 7 anos ou mais.
Existe uma fórmula para se calcular uma relação de idade ainda mais aproximada entre humanos e cães, sugerida por Georgia Extension Veterinary Newsletter, segundo a qual os primeiros seis meses caninos equivaleriam a 10 anos humanos, os oito meses seriam 13 anos, 10 meses corresponderiam à 14, 12 à 15 anos e assim por diante, levando-se em consideração que é nos primeiros oito meses de vida onde ocorrem as principais mudanças no corpo do animal, como troca de dentição e início do ciclo estral em fêmeas.
Algumas publicações afirmam que mamíferos pequenos vivem menos do que os grandes, uma vez que existe um número de calorias, por grama, de tecido para ser queimado, e isso definiria a duração da vida, porém, no caso de cães observa-se o contrário, onde animais maiores costumam morrer mais jovens.
Apesar de tantas teorias e suposições sobre a expectativa de vida desses animais e relação com a contagem da idade em humanos, a única informação comprovada é a relação à evolução em pesquisas na área da Veterinária, em rações específicas para cada idade, disfunções corporais, entre outras, e medicamentos, visando melhorar a qualidade de vida de cada espécie, e, consequentemente, aumentar sua longevidade.
Fonte: Geriatria Clínica dos Caninos e Felinos
Adaptação: Revista Veterinária
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