Cerca de 40% dos animais levados às clínicas veterinárias, hoje, sofrem de obesidade no mundo, sendo no Brasil a estimativa de 30% dos cães e 25% dos gatos. Devido à especialização do mercado de pets em diversos petiscos e pela domesticação desses animais, principalmente por proprietários que, para agradar o animal, compartilham dos seus hábitos alimentares com os mesmos. Algumas raças como Labrador, Rottweiller, Beagle e Basset Hound são mais propensos a desenvolver obesidade, além disso, animais do sexo feminino são mais predispostos que machos.
Devido à preocupação com esses animais acima do peso, o assunto já virou até tema de uma disputa de emagrecimento no Reino Unido. Dezoito animais obesos foram selecionados para participar dessa competição, sendo que a maioria dos finalistas são cães e gatos, as exceções são os coelhos “Bobby” que está 49% acima do seu peso ideal e “Samantha” que está acima do peso 32%. Essa disputa foi lançada pela clínica veterinária britânica PDSA.
A obesidade não é avaliada apenas pelo peso do animal, pois esse pode ser influenciado também pela retenção de líquido, e sim pela taxa de acúmulo excessivo de gordura no corpo do animal. Esse excesso de gordura provoca desde deformidades físicas até sérias complicações como desenvolvimento de doenças cardiovasculares através da obstrução de vasos pela deposição de gordura em suas paredes, diabetes e até problemas respiratórios em raças que possuem o aparelho respiratório pouco desenvolvido como Pequinês e Ilhasa apso.
O porte físico ideal para um animal saudável é quando as costelas se fazem visíveis quando o animal se movimenta e facilmente palpáveis. Porém deve-se levar também em consideração a estatura específica da raça.
De longe, a causa principal que leva à obesidade é a superalimentação. Animais devem receber a alimentação balanceada de acordo com as atividades físicas realizadas e em casos de situação especial como fêmeas gestantes, em lactação, debilitados por algum motivo e de acordo com a temperatura e clima do meio em que vivem, ou seja, animais que vivem em regiões de climas frios necessitam de uma maior quantidade de energia que outros que vivem em climas quentes, devendo-se ingerir o mesmo tanto que irá ser gasto em forma de energia.
Existem também outros fatores que contribuem para aumento da taxa de gordura corporal em animais. Estima-se que 25% dos cães sofram de disfunções hormonais e 15% tenham a chamada “obesidade do stress”, que ocorre por causa de sedentarismo ou ansiedade, fazendo com que o animal consuma mais alimentos como forma de aliviar a tensão.
Por: Stéfany Dias – Revista Veterinária
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