O exame andrológico em bovinos é compreendido pelo histórico da vida do animal e um exame clínico completo, desde narinas, olhos e dentição até o aparelho reprodutivo propriamente dito e a qualidade do sêmen, tendo como objetivo, além de avaliar a capacidade reprodutora do animal, diagnosticar e prevenir doenças relacionadas.
Esse exame deve ser feito periodicamente nos bovinos reprodutores, pois alguns fatores podem influenciar no resultado desse exame como: idade, raça, condição corporal, doenças prévias, estresse térmico e métodos de coleta de sêmen.
Apenas 7% de todo o rebanho do território brasileiro é inseminado artificialmente, logo, o exame andrológico não é utilizado apenas como critério prévio para inseminações artificiais, mas também é muito importante em propriedades que utilizam a monta em campo, para provar a aptidão do macho e como medida profilática de doenças transmitidas no ato da monta.
Faz parte também desse exame, a coleta do sêmen, que é avaliado e pode ser congelado por tempo indeterminado, e mesmo em propriedades que atualmente utilizam a monta a campo, futuramente podem fazer uso da IA em caso da indisponibilidade de um reprodutor apto devido a alguma doença ou até morte deste animal.
A avaliação é feita com o sêmen à fresco observando-se características físicas, morfológicas e microbiológicas do mesmo. Aspéctos principais são: cor, cheiro, pH, volume, viscosidade, mobilidade, morfologia e integridade do material genético. Este é colocado como satisfatório, questionável ou inapto, sendo dado título “questionável” para o sêmen temporariamente inapto.
O procedimento requer um conhecimento amplo do assunto, devendo ser realizado apenas por Médicos Veterinários atuantes na área da pecuária bovina capacitados.
O custo do exame andrológico para o produtor geralmente é equivalente a uma arroba do boi por animal, podendo diminuir de acordo com a quantidade de animais a serem examinados.
Stéfany Dias – Revista Veterinária
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