Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), em 2003 havia um total de 15.057.838 ovinos no território nacional, sendo que 57,85% estavam concentrados no Nordeste e 29,98% no Sul do Brasil.
Os caprinos (Capra hiscus) e ovinos (Ovis aries) são espécies distintas da família Bovidae e estes foram os primeiros animais a serem domesticados pelo homem para servirem como fonte de sobrevivência em muitas regiões pela qualidade da sua proteína na carne, leite e lã.
A atividade da caprinocultura e ovinocultura cresceu muito na última década, evidenciando-se em países em desenvolvimento como o Brasil, portador dos maiores rebanhos. E não para por aí, segundo pesquisas a tendência é que esse número se multiplique em cinco nos próximos vinte anos, e com esse acontecimento aumentará a demanda por profissionais especializados em áreas como reproduções assistidas e novas técnicas referentes à avanços genéticos como “Inseminação artificial transcervical“, que vem ganhando o cenário nacional e garantindo uma geração de ovinos geneticamente com um maior potencial de produção.
Alguns pontos são cruciais para um rebanho saudável e com alta produtividade e eficiência na reprodução, como manejo sanitário, nutricional e rigoroso monitoramento desses animais.
Várias técnicas vêm sendo criadas e atualizadas para a inseminação de ovinos, pois o número de fêmeas que passam pelo procedimento de Inseminação Artificial (IA) e não obtém sucesso é grande, tendo que os anéis cartilaginosos da cérvix da fêmea são rígidos, dificultando a passagem da pipeta. A deposição de sêmen quanto mais próxima da entrada do útero, maior a probabilidade de haver a fecundação. A partir dessa informação, técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas com essa finalidade, por laparotomias, mas este é um procedimento muito invasivo, não sendo utilizado como primeira opção, logo, ainda sendo mais utilizada a IA, que devido às suas dificuldades requer ainda mais experiência e conhecimento específico sobre o assunto.
Muito importante também são os exames de diagnóstico de eficiência reprodutiva no rebanho de pequenos ruminantes, incluindo exames clínico-andrológicos, diagnósticos de gestação por utrassonografia e laudo de avaliação de sêmen e embrião criopreservado.
Fonte: Capritec
Adaptação: Revista Veterinária
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