Um canil foi interditado pela Polícia Civil, no bairro Tanquinho, em Ribeirão Preto, após denúncias de maus-tratos. A investigação teve início depois que o jornal A Cidade noticiou, que cachorros daquele canil estavam sendo alugados como vigias de obras e que estes seriam maltratatos.
A polícia constatou más condições de higiene e práticas inadequadas de tratamento aos cães. “Os cachorros estão em situação degradante, estão debilitados e sem estrutura física adequada”, afirmou o delegado da Delegacia de Proteção aos animais, Marcos César Borges.
A vigilância sanitária verificou que os sacos de ração estão armazenados de forma inapropriada. Verificou-se ainda que haviam sacos com rações sem procedência e prazo de validade. Alguns estavam rasgados provavelmente por ratos e baratas, segundo o fiscal. Os produtos veterinários ficam armazenados em uma geladeira junto com comida.
A veterinária Janaína Stefanini afirmou que as celas dos cães também não oferecem qualidade de vida para os animais. “Algumas não tem ventilação, outras não tem teto para proteger do sol e da chuva, o lugar é sujo, as fezes ficam misturadas com a ração”, observou a veterinária. Além disso, ela afirmou que cada cão deve ficar em uma cela, o que não acontecia no local.
A polícia científica também estava presente. Segundo o delegado Marcos César, ficou comprovado os maus-tratos e o dono do canil, Júlio César Matos, vai responder por crime de crueldade contra animais. A detenção pode variar de três meses a um ano e ainda está sujeito à multa que pode chegar à R$ 15 mil e mais penalidades administrativas. Os cães vão permanecer no canil, pois, segundo o delegado, não há lugar para onde levá-los.
Os cachorros ainda não podem ser adotados e continuam no canil sob a tutela do tratador Valdemir Gomes Lima e da veterinária Patrícia Torrieri, indicados pela polícia.
Fonte: Folha.com
Adaptação: Revista Veteriária
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