Toxinas do Clostridium Tetani podem acometer algumas espécies das áreas tropicais e subtropicais de ovinos, após sua castração feita com ligadura de borracha. Infecta a ferida e encontra condições favoráveis de anaerobiose, que favorecem a germinação dos esporos, até chegar à forma vegetativa.
Fatores que podem influenciar essa infecção incluem tecido necrótico, pus e infecção bacteriana, além de corpos estranhos.
Cordeiros são mais propensos a esse acometimento, após a castração, tosquia ou por injeção de medicamento contaminado.
Apesar de esporádica, essa doença pode acontecer em forma de surtos, atingindo rebanhos inteiros. Os equinos são a espécie mais sensível, seguida de ovinos, caprinos e bovinos. Em ruminantes jovens a taxa de mortalidade pode chegar a 80%.
A necrose tissular é causada pelo C. Tetani, por meio da toxina tetanolisina e tetanospasmina, disseminada por via hematógena, interferindo nos neurotransmissores glicina e ácido gama, comprometendo o sistema nervoso simpático dos animais.
Um surto de tétano pode estar associado à castração de ovinos. Estudos feitos nessa área demonstram que os achados clínicos são similares em todas as espécies, iniciando-se os sintomas com rigidez muscular, tremores e trismo mandibular.
Fonte: Ciência Animal Brasileira
Adaptação: Revista Veterinária