A Genética pode melhorar os sistemas fisiológicos relacionados à produção, crescimento, engorda e reprodução dos bovinos.
Quando se consegue mapear e identificar os genes, compreendendo sua função e controle, torna-se possível o desenvolvimento de novas tecnologias e a plena expressão do potencial genético de animais de produção, resultado de estudos e pesquisas nessa área, dentro da pecuária de corte.
O estudo do DNA ou código genético tem focado na identificação de genes que influenciam na qualidade do produto, tais como o grau de gordura e marmoreio das carcaças e maciez da carne.
Tanto na medicina humana, quanto na veterinária, o conhecimento sobre como os genes contribuem para a formação de doenças que envolvem um fator genético, como o câncer, por exemplo, levará a uma mudança na prática médica. Será dada maior ênfase à prevenção da doença, ao invés de se priorizar o tratamento do doente.
Outro tipo de pesquisa e estudos foram desenvolvidos pela Embrapa Gado de Leite, em colaboração com o Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. As possibilidades de aplicação dos resultados são imensas e os principais objetivos são definir os genes responsáveis pela resistência dos animais, podendo, assim, reduzir doenças e as necessidades de se usar medicamentos e antibióticos.
A pesquisa na área da genômica animal ainda está em fase de desenvolvimento, porém, sua importância tende a aumentar, apesar de as leis básicas da hereditariedade terem sido postuladas por Mendel, há mais de 150 anos.
Foi somente a partir do descobrimento da dupla hélice de DNA, por Watson e Crick, em 1953 que o funcionamento e a relação entre os genes começaram a ser explorados. Há muito o que se estudar a respeito…
O estudo do genoma serve de base ou contribuirá para o desenvolvimento de diversas áreas de pesquisa, das quais se destacam o Melhoramento Genético permitindo avaliar o efeito da seleção natural e artificial sobre as diversas características das populações, inferir a variabilidade genética entre indivíduos ou raças, com implicações sobre o controle de endogamia e conservação de diversidade genética, diagnóstico e controle de doenças genéticas, teste de paternidade, assim como na identificação de indivíduos superiores, antes mesmo de expressarem as características, visando a obtenção de ganho genético superior por Seleção Auxiliada por Marcadores (MAS), por Genes (GAS) ou Seleção Genômica (GS), assim como em estudos de Fertilidade/Reprodução, Nutrição/Alimentação, Comportamento/Manejo e Adaptação/Rusticidade de animais domésticos e silvestres, caracterização da biodiversidade e diversidade genética, assim como em estudos de Taxonomia, Evolução, Desenvolvimento, Simbiose e Ecologia.
A informação genômica empregada como ferramenta suplementar no melhoramento gerou grandes oportunidades para se aumentar significativamente o ganho genético pelo aumento da acurácia de seleção, especialmente de animais jovens ou embriões, além disso, permite um melhor controle sobre os níveis de endogamia e consequentemente mantém o potencial de ganho genético, assim como a capacidade de adaptação. Por outro lado, informação genômica pode ser empregada para predizer o fenótipo que um determinado genótipo produzirá com implicações em práticas de manejo que visem desenvolver ou aumentar a eficiência produtiva e sustentabilidade dos sistemas produtivos existentes.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
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