Quando o assunto é gado de corte o sonho de todo pecuarista é ver os índices de fertilidade do rebanho aumentando. Ou seja, a capacidade do animal de produzir crias vivas. A fertilidade do rebanho está diretamente relacionada com a nutrição. Apesar de muitos acreditarem ser fácil prover o alimento para o animal, a tarefa é mais complexa do que parece.
Assim como nós seres humanos, o organismo dos animais trabalha de forma inteligente. Então, ao sentir que está recebendo pouca quantidade de nutrientes, ele “corta” atividades consideradas secundárias como a reprodução. Assim, passam a executar apenas as “básicas” para a sobrevivência. Aliás, tanto a supernutrição quanto a subnutrição são prejudiciais para o rebanho. Falaremos sobre isso no próximo tópico deste artigo.
Quer aprender dicas importantes sobre como aliar o manejo nutricional ao manejo reprodutivo e obter melhores resultados? Continue a leitura deste artigo até o final!
Impactos causados por erros na alimentação
Animais submetidos a restrições alimentares severas ou prolongadas podem apresentar o anestro. As vacas ficam sem atividade sexual e o estado de cio não se manifesta, neste caso os ovários ficam pequenos e inativos. Apesar de ser um processo reversível, acaba gerando prejuízos até que a causa seja eliminada.
Animais obesos por conta do alto consumo de ração energética podem ter sua função reprodutiva afetada. A gordura se infiltra nos órgãos genitais fazendo com que haja uma diminuição no desenvolvimento dos folículos ovarianos. Torna-se mais difícil o processo de captura dos óvulos na tuba uterina e as vacas obesas costumam ter partos mais difíceis.
No período de recria, o elevado ganho de peso em novilhas provoca acumulação de gordura nas glândulas mamárias. Assim, prejudica o desenvolvimento do tecido secretor e consequentemente a produção de leite do animal.
3 estratégias nutricionais importantes
Vacas destinadas para a cria: é fundamental conhecer o estágio em que se encontram ao longo do ciclo anual. Assim, é possível agrupá-las em lotes de acordo com as características nutricionais. Neste sentido, a palpação retal com o uso de ultrassom para o diagnóstico de gestação tem importante papel. Dado que as exigências nutricionais das matrizes mudam ao longo ao longo do ciclo anual.
Escore de condição corporal das fêmeas: outro critério importante que precisa ser acompanhado de perto. A partir daí será possível traçar estratégias para serem adotadas ao longo do manejo nutricional. Aliás, falaremos mais sobre o tema do nosso próximo tópico.
Correções antes do parto: é fundamental que as correções das condições corporais das vacas sejam realizadas antes do parto. No pós-parto torna-se muito mais complexo, o animal está com o metabolismo muito sensível e possui exigências nutricionais maiores.
Escore de condição corporal
Fêmeas bem nutridas e com bom escore corporal ao parto são fundamentais na busca de bons resultados reprodutivos. Para medição do escore de condição corporal (ECC) existem diferentes sistemas de classificação tanto no gado de corte quanto de leite.
Em uma delas os animais são divididos em três diferentes Categorias: magra, média e gorda. Dentro deste grupo ocorre outra subdivisão de categorias onde são atribuídas notas a elas.
Outro sistema muito utilizado é o de notas, são definidas e identificadas certas características no gado de corte e atribuídas notas que variam de 1 a 9. Vacas que estão muito magras e desnutridas são classificadas com nota 1. As de escore moderado recebem nota 5 e 9 para as que apresentam gordura excessiva.
O ideal é que vacas ao parto se encontrem dentro do escore corporal 4. Desta forma será possível que o animal faço uso de boa parte de suas reservas corporais destinadas a produção de leite e ainda apresenta boas condições no momento da concepção.
Capacitação constante
Viu só como a nutrição de gado de corte envolve vários aspectos importantes? Aqui você viu apenas a ponta do iceberg. Sabemos que a área de gado de corte cresce constantemente. Afinal, o Brasil possui o maior rebanho comercial bovino do mundo, são cerca de 238 milhões de cabeças.
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Fonte: Embrapa, Agrolink e Revista Agropecuária