Exposição a animais não aumenta o risco de alergias em crianças

Em alguns casos, o contato pode até reduzir a tendência alérgica

Um novo estudo publicado na revista Clinical & Experimental Allergy revela que ter cachorro ou gato dentro de casa não aumenta as chances de se desenvolver alegrias em crianças. A associação é um dos principais geradores de dúvidas para pais a respeito de ter ou não um pet.

A pesquisa contou com 565 participantes, que foram acompanhados, desde o momento do nascimento, até completarem 18 anos. Durante o intervalo, foram coletadas informações sobre a relação da criança com bicho de estimação e amostras de sangue que evidenciavam a quantidade de anticorpos combatentes dos alérgenos de cães e gatos.

Os resultados mostram que o período mais importante de exposição a animais se dá até o primeiro ano de vida da criança. Assim, garotos que conviveram com cães dentro de casa, até essa idade, demonstraram metade dos riscos de se tornarem sensíveis ao animal, do que aqueles que não conviveram.

O mesmo aconteceu em relação aos gatos: homens e mulheres que tiveram contato com o felino até completar um ano de idade mostraram cerca de 50% menos chances de se tornarem sensíveis aos alérgenos do animal do que aqueles que não tiveram contato.

Pets estimulam as crianças

Mais do que companheiros, os animais de estimação têm um importante papel no desenvolvimento infantil. Segundo a coordenadora pedagógica Celina de Melo, de São Paulo, alunos com pet em casa tendem a ser mais sociáveis e disciplinados. Juntamente com a veterinária Jaqueline Correa, a pedagoga apresenta uma lista de vantagens que a adoção de um animal pode trazer à criança:

1 Disciplina: se a criança é dona do animal, precisa ficar claro que ela é responsável por ele. Os adultos devem oferecer supervisão e apoio às tarefas de acordo com a faixa etária da criança, mas ela precisa se envolver, no dia a dia, lavando o pratinho de comida e servindo a ração, por exemplo, nos horários certos.

2 Higiene: os cachorros são os melhores professores, nesse assunto. Se o dia do banho passa, os pelos começam a embaraçar – quando compridos – e o mau cheiro toma conta. A situação pode servir de exemplo e ser lembrada nas ocasiões em que a criança der trabalho para encarar o chuveiro.

3 Tolerância: os bichos também se cansam e precisam de repouso, após um período de brincadeiras. Entender que é hora de dar uma pausa ajuda a criança a compreender limites, sem se frustrar a cada vez que eles aparecerem.

4 Exageros: se não forem expostos a regras, os bichos também podem perturbar, exigindo atenção em tempo superior ao que se é possível dedicar. A criança precisa entender que há horários para o passeio e para as brincadeiras com o animal. Mas que, fora disso, a casa tem uma rotina que precisa ser respeitada.

Fonte: Portal R7

Adaptação: Revista Veterinária

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