As doenças gastrintestinais estão associadas a mais de 50% dos casos de morte em bezerros, e a diarréia é a principal doença que acomete bezerros em aleitamento, sendo que a mortalidade por coccidiose pode atingir 24% dos animais doentes.
A coccidiose ou eimeriose, doença parasitária causada por protozoários do gênero Eimeria, frequente em ruminantes, é responsável por alterações gastrintestinais e morte, principalmente de animais jovens.
Observada no campo, também é conhecida como diarréia vermelha ou “curso de sangue”. A eimeriose em nosso meio apresenta-se de forma endêmica, tanto nas explorações para produção de leite quanto nas de corte, sendo que o sistema de produção é um fator que influi diretamente sobre as características da doença, esperando-se maior frequência nas explorações intensivas, principalmente de produção de leite.
A infecção dos ruminantes ocorre pela ingestão de oocistos esporulados junto com a água e alimentos contaminados com fezes. São estruturas muito resistentes e imóveis, que podem permanecer no meio ambiente por vários meses e se dispersam através das fezes, do ar, de insetos, do vestuário e contaminam a água e os alimentos dos animais. Eles resistem à ação da maioria dos desinfetantes comerciais, mas são destruídos pela dessecação, luz solar direta e calor.
Após a infecção do animal, os oocistos liberam formas infectantes, que penetram nas células do trato gastrintestinal, multiplicam-se, e, consequentemente, causam lesões que interferem nos processos digestivos.
O método de controle mais eficiente é a administração contínua de drogas anticoccídicas, adicionadas à água ou ração.
A mistura tem proporcionado resultados positivos, porém, deve-se avaliar se a prevalência da doença no rebanho justifica a adoção dessa prática.
A higiene e o conforto dos animais são pontos chaves na prevenção e controle das occidioses.
Fonte: Revista Leite Integral
Adaptação: Revista Veterinária
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