A cana-de-açúcar é um alimento barato, de fácil manejo e está pronta para a colheita na época mais seca do ano, período que vai de abril até meados de novembro, em quase todo o Brasil. O problema é que, fornecida de forma natural, ela possui baixo valor nutricional, entretanto, existe uma alternativa para torná-la mais nutritiva.
Há cerca de dez anos, pesquisas a campo e em universidades vêm demonstrando que a adição de soda cáustica e cal virgem, em doses adequadas, à cana picada, quebra as moléculas da casca endurecida por uma substância natural da planta, chamada lignina. Com esse procedimento, a cana fica mais macia e mais palatável, levando a um maior consumo. Além disso, a absorção dos nutrientes da cana acontece de forma mais intensa e rápida ao passar pelo trato digestivo dos ruminantes.
A planta assim manejada é chamada de cana hidrolisada e foi pensada com o objetivo de turbinar apenas a dieta de bovinos, entretanto, vem chamando a atenção dos criadores de ovinos que começaram a fornecê-la aos animais, baseando-se no fato de que os pequenos têm o aparelho digestivo semelhante.
Essa prática nasceu das mãos de um grupo de criadores da cidade de Fartura – SP- ligados à Associação Paulista dos Criadores de Ovinos (ASPACO). Eles afirmam que teoricamente nada impede que seja oferecida cana-de-açúcar hidrolisada a ovinos e caprinos.
Fonte: Revista DBO
Edição: Vera Ondei
Adaptação: Revista Veterinária