A castração bovina é usada em grande parte das propriedades rurais brasileiras. A técnica tem como uma das principais vantagens, além da própria interrupção da reprodução, mais facilidade de manejo pelo produtor. O animal se torna mais sociável, podendo até mesmo misturar os sexos no mesmo lote, o que geralmente não acontece com facilidade quando não há a castração.
Para realização do procedimento existem diferentes métodos utilizados. Neles há possibilidade ou não de intervenção cirúrgica. Ao longo deste artigo nos ateremos a falar sobre as duas técnicas mais usadas. A castração cirúrgica e a imunocastração.
Ambas proporcionam diversos benefícios ao produto final (carcaça). Mas, existem algumas diferenças importantes entre elas. E é justamente sobre isso que falaremos ao longo deste artigo. Fique com a gente até o final e boa leitura!
Por que castrar?
A castração bovina tem como principal objetivo acalmar os animais e aprimorar a qualidade da carcaça. Com o tempo, percebeu-se que a carne dos bois castrados tinha maior aceitação do que a dos não castrados, chamados de animais inteiros.
Boa parte dos frigoríficos costumam pagar melhor aos pecuaristas que fornecem animais castrados. Isto, porque as carcaças apresentam melhor acabamento e a carne possui um ph mais adequado. O que proporciona uma carne mais macia, com sabor e coloração intensa. Em resumo os principais benefícios são:
- Animais mais dóceis;
- Interrupção da reprodução;
- Maior rendimento da carcaça;
- O animal mantém o ganho de peso;
- Maior valor pago pela carne nos frigoríficos.
Castração cirúrgica X Imunocastração
A técnica de castração cirúrgica é uma medida de manejo bastante antiga utilizada no Brasil. Porém, muitos produtores ainda têm dúvidas sobre o método e a época ideal de realização. O procedimento consiste na retirada dos testículos do boi e pode ser feita com ou sem a ligadura do cordão. O animal é submetido a intenso estresse e em casos mais severos pode contrair infecções, bicheiras ou mesmo vir a óbito.
Caso a técnica adotada seja esta, deve ser realizada no período da seca pois a proliferação de moscas e parasitas é menor. Desta forma, diminui-se a possibilidade de infestações por miíases e infecções secundárias. Outro fator importante é que o sucesso da técnica depende da realização de uma boa contenção.
A imunocastração surgiu em 2011 como uma alternativa não invasiva. De todas as técnicas não cirúrgicas, essa é considerada a mais inovadora. Ao invés de retirar os testículos do animal, é feita a aplicação de uma solução de Aldeído-Fórmico + Cloreto de Cádmio no órgão do animal. Com isso eles atrofiam por um período determinado de tempo (em média 5 meses).
O procedimento proporciona todos os benefícios da castração bovina tradicional. Controle sobre o comportamento dos animais e maior qualidade de carne. Porém, sem os inconvenientes do procedimento cirúrgico. Com isso, os animais ganham em bem-estar e produtividade.
É importante entender que independente da técnica, o procedimento não deve ser realizado por leigos. O ideal é que seja feito por um médico veterinário capacitado no assunto.
Aliados da castração bovina
Para alcançar estes benefícios é fundamental que o produtor realize um bom planejamento, que deve incluir o cronograma de aplicação da vacina. Além disso, existem outros fatores complementares como bom manejo nutricional e melhoramento genético que influenciam diretamente na qualidade final da carcaça.
Viu só como uma castração bovina realizada de forma correta é uma importante aliada do pecuarista? Se você ama o mundo pecuário e sonha em aprender técnicas importantes para o sucesso, temos uma dica muito importante.
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Fonte: Rural Pecuária, Zoetis e Revista Agropecuária