A indução da ovulação em éguas envolve biotecnologias tem como objetivo atingir a eficácia reprodutiva do animal. Para realizá-la é preciso compreender que o ciclo estral das éguas, também chamado por cio, acontece entre uma ovulação e outra. Dessa forma, reduzindo esse intervalo e definindo o tempo, os resultados serão melhores.
A manipulação da duração do ciclo estral equino e suas fases têm-se tornado um grande passo para a utilização de técnicas de inseminação artificial e de transferências de embriões na espécie. Entretanto, para isso, o médico veterinário que atua nessa área deve conhecer melhor a duração dos componentes do ciclo estral e saber como empregar a estratégia.
Neste artigo, você poderá conferir mais sobre a realização do procedimento.
Como funciona a estratégia
Primeiramente, o médico veterinário especializado em reprodução equina precisa compreender a fisiologia do animal e o desenvolvimento folicular no ciclo estral. Tratamentos que sincronizem o aparecimento de ondas foliculares em programas de sincronização visam a presença de um folículo dominante em crescimento no momento da suspensão da administração de progesterona e/ou aplicação de prostaglandina.
Como resultado, acontece a sincronização da ovulação, possibilitando a utilização da inseminação artificial/monta natural com altas taxas de prenhez. A partir desse conhecimento, o profissional deve realizar uma avaliação na égua antes da indução. Devem ser analisados, a existência de um folículo pré-ovulatório, de inchaço uterino e relaxamento da cérvix.
Com a avaliação feita, usam-se dois hormônios no procedimento de indução: Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) e Hormônio Liberador das Gonadotrofinas (GnRH) e/ou correspondentes. Após a realização do protocolo, o animal irá ovular entre três e quatro dias.
Éguas doadoras em estro devem ser examinadas uma vez ao dia e também devem passar por palpação retal. Uma grande aliada para caracterizar os padrões de crescimento e regressão dos folículos ovarianos equinos, além de colaborar com o monitoramento durante a técnica, é a ultrassonografia.
Por que adotar a indução da ovulação em éguas
A indução da ovulação tem diversos pontos positivos para a equinocultura. O setor está em constante expansão e, quanto maior a procura, maior a necessidade do aumento da reprodutividade. Outra vantagem é a possibilidade de agendar e planejar o período reprodutivo do animal, possibilitando uma gestão inteligente.
Além disso, por meio da manipulação do ciclo estral das éguas, pode-se aumentar o período de ciclicidade durante o ano, diminuir o ciclo estral, aumentar o número de ovulações/ciclo e, consequentemente, de embriões/ciclo.
Por fim, existe ainda a vantagem financeira. Essa é uma demanda geradora de lucros. Quando acontece a sincronização de qualquer receptora com a ovulação da doadora, há também uma redução da relação doadora/receptora. Ou seja, esse processo ajuda a diminuir os custos com a manutenção de uma grande quantidade de receptoras no plantel.
Capacitações importantes para o médico veterinário da área
Para aperfeiçoar seus atendimentos, trazer retornos positivos para sua clínica e alcançar um maior público, você deve se especializar na área de reprodução equina. Como vimos, a ultrassonografia e a palpação retal são fundamentais para acompanhar o processo de indução da ovulação em éguas.
Todavia, não basta apenas ter o equipamento. O médico veterinário deve saber posicionar o animal, interpretar as imagens e montar o laudo do exame corretamente. Além disso, realizar diagnósticos de gestação e conhecer as principais patologias são igualmente importantes.
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Fontes: CPT Cursos Presenciais, Revista Veterinária,Ouro Fino Saúde Animal.