A estação de monta bovina (EM) é uma técnica de criação em que as fêmeas em reprodução são expostas ao touro ou à inseminação artificial (IA) durante um período específico do ano. Apesar de ainda não ser unanimidade no Brasil, o período de monta tem como objetivo concentrar os partos e, em sequência, os processos de desmama, vacinações, vermifugações, etc.
Entretanto, para que a estação de monta traga vantagens ao produtor, é preciso considerar alguns aspectos, tais como oferta de alimento, época de nascimento, características dos animais e época de abate.
Tem dúvida se vale a pena aderir à prática no seu rebanho? Neste artigo vamos tratar sobre essa estratégia e apresentar o que precisa ser feito para alcançar a eficiência. Boa leitura!
Como planejar a estação de monta?
A adoção da EM possibilita a identificação de fêmeas de melhor desempenho reprodutivo. Porém, vários fatores devem ser analisados pelo médico veterinário para montar o planejamento do período, que é recomendado de no máximo 120 dias.
O produtor deve ter em mente que sua implantação deve coincidir com o período do ano de maior disponibilidade de forragens de melhor qualidade, ou seja, durante a estação das chuvas. É exatamente o que acontece no Brasil. A maioria dos criadores concentram a estação de monta bovina neste período, o que corresponde aos meses entre outubro e janeiro, dependendo da região onde se encontra.
Cabe ao veterinário responsável, avaliar a fertilidade dos touros ou do sêmen para não comprometer os índices de prenhez. Também é fundamental avaliar a condição ginecológica das fêmeas antes de entrarem na estação de monta e, a partir do resultado, estabelecer estratégias de manejo para aumentar a eficiência reprodutiva.
Além da monta natural e inseminação artificial, muitos produtores optam por utilizar a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O protocolo possibilita que um número maior de animais seja inseminado em uma única leva, aumentando a precisão da estação de monta.
Vantagens do período de monta
Com a estação de monta bovina bem definida, o produtor consegue alcançar melhores índices de fertilidade. Isso acontece porque, ciente da época de melhor qualidade e disponibilidade de pastagens, as condições se tornam mais adequadas para o restabelecimento da atividade reprodutiva de fêmeas e dos reprodutores.
Outra vantagem do bom planejamento é que mais do que facilitar o manejo, nos meses de início da parição, entre agosto e outubro, a incidência de doenças nos bezerros também é menor. Além disso, os bezerros nascidos nesse período são mais sadios e se desenvolvem melhor, facilitando a negociação por parte do produtor.
Por fim, a estação de monta possibilita a descoberta das fêmeas de baixa produtividade, seja pela dificuldade de emprenhar ou pela produção de bezerros leves. Assim, quando diagnosticadas, elas podem ser descartadas da função liberando o pasto para as fêmeas prenhes.
Do mesmo modo, os machos inférteis ou com baixa fertilidade, podem ser identificados por meio de exames andrológicos completos, nos meses que antecedem a estação de monta. Caso necessário, devem ser substituídos.
IATF e a estação de monta bem-sucedida
Vimos que o ajuste da estação de monta, dias e época, com a necessidade nutricional da matriz pode trazer benefícios ao produtor. Com o auxílio da IATF o produtor pode ter ainda melhores resultados.
Através dessa técnica, é possível planejar as gestações e partos para uma mesma época do ano, reduzindo custos e melhorando as condições do rebanho. Por isso vale a pena ter um médico veterinário responsável para analisar cada caso.
Somente com capacitação a adoção da estação de monta proporcionará a eficiência na aplicação de diferentes práticas de manejo reprodutivo. Ou seja, adquirir os conhecimentos necessários ou melhorá-los antes de investir na biotecnologia é primordial.
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Fontes: CPT Cursos Presenciais, UFMG, Shop Veterinário