Se você atua no cuidado com cavalos, provavelmente já passou por situações em que a ultrassonografia transabdominal em equinos era necessária. A técnica vem sendo cada vez mais utilizada na rotina clínica e hospitalar, por ser um método não invasivo e eficaz.
A ultrassonografia é utilizada para identificação e avaliação dos órgãos abdominais dos equinos através do eco gerado pelas ondas ultrassônicas de alta frequência. O método é útil para diversos casos clínicos, cirúrgicos e até acompanhamento.
Com tantos benefícios e por ser altamente recomendada no mercado, escolhemos explicar neste artigo tudo sobre ultrassonografia transabdominal em equinos. Continue a leitura até o final e se torne um expert no tema!
Como funciona a ultrassonografia transabdominal
A ultrassonografia é um exame de imagem que tem como objetivo visualizar, em tempo real, estruturas internas do organismo. A técnica não é invasiva, pois se utiliza uma sonda ultrassonográfica externamente na região do abdômen, permitindo o acesso a regiões que são inacessíveis por outros métodos de diagnóstico, como a palpação retal.
O exame ultrassonográfico abdominal completo, em equinos, divide o abdômen em três áreas: fossas para lombares, espaços intercostais e região ventral do esterno. Sendo assim, cada região do abdômen é avaliada de maneira sistemática, para garantir imagens de todas as estruturas abdominais.
Portanto, a ultrassonografia apresenta diversas vantagens quando comparada a outros métodos. Entre os benefícios estão o baixo custo, a agilidade e fácil execução, ser um procedimento indolor, não emitir radiação ionizante, não ser invasivo e fornecer imagens em tempo real com qualidade.
Quando realizar o ultrassom transabdominal em equinos
A ultrassonografia nos cavalos fornece informações quanto à determinação de diagnóstico, recomendação cirúrgica ou manejo clínico, e além disso, permite monitoramento da resposta terapêutica. Ela é bastante recomendada para duas situações: Avaliação do trato gastrintestinal e monitoramento de gestação.
Na primeira indicação, o médico veterinário consegue ter informações extremamente valiosas no diagnóstico da síndrome cólica ou no deslocamento do cólon à direita, por exemplo. Além disso, o exame ainda permite identificar a presença ou ausência de motilidade, avaliar as paredes intestinais quanto à presença ou ausência de espessamento, analisar qualitativa e quantitativamente o líquido peritoneal, avaliar o conteúdo presente nas diferentes porções do trato gastrointestinal e realizar avaliação de estrangulamento e obstrução, tanto de intestino delgado, como de cólon maior.
Já na gestação, a ultrassonografia transabdominal permite observar os movimentos fetais, que são de grande importância para avaliação do bem-estar fetal, bem como acompanhar o desenvolvimento do feto avaliando o diâmetro da aorta fetal.
Casos em que acontecem gestação de alto risco também merecem ter o auxílio da técnica. Através do monitoramento intensivo e diário, é possível acompanhar principalmente os batimentos cardíacos e o nível de atividade de fetos em situação de estresse. Outra utilidade, é a identificação de anormalidades placentárias em éguas com placentite causada por infecções hematógenas.
Ou seja, este método de diagnóstico por imagem é utilizado também com intuito de planejamento diagnóstico e terapêutico, e não somente para o diagnóstico final do caso. A ultrassonografia deve ser aplicada e interpretada embasada pelos achados clínicos e resultados de outros exames, servindo como uma excelente técnica complementar.
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Fontes: Shop Veterinário, Rosa. Bruna Karollini da Silva, Periódicos PUC-PR.
