O aborto em vacas é um grande medo entre os pecuaristas, afinal o comprometimento de uma gestação bovina representa um impacto no setor reprodutivo. Portanto, é preciso conhecer os diversos fatores que causam o abortamento, além de saber como agir diante de uma situação como essa.
É comumente definido como aborto em vacas a perda fetal entre os dias 42 e 260 de gestação. Quando o bezerro nasce morto depois de 260 dias de gestação é considerado natimorto. Apesar dos avanços e modernização na agropecuária, o setor ainda presencia perdas fetais e embrionárias com recorrência. Então, como prevenir?
Ao longo deste artigo vamos aprofundar no tema e te ajudar a evitar abortamentos em fêmeas bovinas.
Causas do aborto em vacas
Inúmeros fatores podem influenciar a perda embrionária em bovinos e descobrir a causa pode ser um desafio para o produtor. As causas do problema podem ir desde condições genéticas à ambientais. Além disso, manejo inadequado, infecções, vírus, bactérias e principalmente enfermidades podem ser propulsoras do aborto em vacas.
Entre as situações mais comuns que causam o abortamento de fêmeas bovinas estão:
- Estresse e traumas
- Déficit nutricional
- Excesso de calor ou frio
- Distocia fetal
- Brucelose
- Leptospirose
- Campilobacteriose
- Tricomonose
- Rinotraqueíte infecciosa dos bovinos (IBR)
- Diarréia bovina a vírus (BVD)
Maneiras de prevenir a perda gestacional em bovinos
Infelizmente não existe uma fórmula pronta para evitar o aborto em vacas. Entretanto, é possível prevenir por meio de algumas medidas essenciais. Evitar o estresse e mudanças na temperatura, garantir o escore corporal normal ou mais elevado e cuidar da saúde do animal de forma geral, bem como da vacinação está entre as recomendações.
Como não há um único caminho, as medidas de controle e prevenção devem ser realizadas de acordo com a necessidade de cada rebanho e a disponibilidade da fazenda em si. Vale reforçar que o manejo adequado e o acompanhamento clínico da fêmea são os pontos chaves para que o aborto em vacas não aconteça no seu rebanho.
Importante frisar que é necessário tomar algumas medidas caso o aborto aconteça, tais como: desinfectar o local em que aconteceu, isolar a vaca que abortou das demais, para impedir a propagação do possível agente infeccioso e observar as demais fêmeas no rebanho, com relação ao aparecimento de novos casos.
A importância do acompanhamento gestacional
Bem como nos seres humanos, realizar o acompanhamento gestacional em fêmeas bovinas permite checar o andamento da prenhez, o desenvolvimento do bezerro e analisar se há a possibilidade de haver algum problema ao longo dos oito meses de gestação.
Porém, acompanhar uma gestação deve começar antes mesmo de submeter a fêmea à estação de monta. É essencial que seja feito um exame ginecológico para analisar todo o sistema reprodutivo da vaca antes de considerá-la apta ou não para as etapas reprodutivas. Para isso, o pecuarista pode contar com um auxílio de um médico veterinário para realizar os exames de palpação retal e ultrassonográficos.
Durante a ultrassonografia o profissional consegue avaliar a saúde da fêmea e se ela apresenta as condições adequadas para levar a gestação adiante. Além disso, o exame também é indispensável para acompanhar o desenvolvimento embrionário.
Se você, médico veterinário em busca de atualização, quer aprender na prática a executar este exame moderno, não invasivo e de alta precisão, diagnosticando gestação e sexagem fetal, não perca a oportunidade de fazer o Curso de Ultrassonografia na Reprodução Bovina.
Haja com segurança em avaliações reprodutivas e evite o aborto em vacas em qualquer propriedade!
Fontes: Shop Veterinário, Fundação Roge, CPT Cursos Presenciais 1, CPT Cursos Presenciais 2