A reprodução equina e seus devidos cuidados

É chegada à época de cio das éguas, estas devem ser preparadas para a estação reprodutiva, os cuidados com a condição corporal adequada, vacinas e vermifugação devem ser verificados. Analisar a saúde reprodutiva do rebanho equino, levando em consideração fatores como histórico de aborto, sendo possível determinar a capacidade das éguas em conseguir levar a gestação até o fim. Já que, não é lucrativo manter um animal com baixa possibilidade de gestação no rebanho, pois mesmo que cheguem a emprenhar poderá acontecer o aborto antes de 90 dias. Esses animais deverão ser retirados da atividade reprodutiva.

Observado quais os animais tem maior capacidade e qualidade na prenhez, sendo selecionados para a reprodução por cobertura ou inseminação artificial, após o diagnóstico positivo, as éguas poderão ser mantidas em piquetes destinados a esse fim nos próximos 11 meses. Os animais devem ser observados e cuidados diariamente observando qualquer alteração que posso comprometer a gestação, assim como o aborto.

Nos primeiros 60 dias da gestação as taxas de perda embrionária são altas, por esse motivo deverá ser realizado exame ultrassonográfico a cada 15 dias. Nascimento de gêmeos são raros e pode comprometer a fertilidade da égua, apenas 1% dos casos, quando isso ocorre a redução de uma das vesículas embrionárias, contudo se houver persistência, o profissional envolvido pode optar pela correção manual eliminando uma, ou administrando medicamentos que interrompam por completo a gestação.

A produção de progesterona também deve ser verificada, a baixa produção geralmente se dá em animais com maior idade. Sob a orientação do profissional responsável buscando o controle do problema, a administração do hormônio poderá ser realizada durante os 120 primeiros dias de gestação. Depois desse período a placenta começará a produzir o hormônio progesterona e a gestação se manterá até o fim.

Os animais devem ser vacinados contra a raiva e durante o período gestacional imunizados principalmente contra leptospirose e herpes vírus, devido à alta incidência de abortos ocasionados por estes agentes. O tétano pode ser evitado pela vacinação um mês antes do parto e o controle de outras doenças deve ser realizado de acordo com a incidência na propriedade.

Para o sucesso da gestação é necessário manter uma alimentação balanceada, no piquete destinado aos animais gestantes deve conter água e sal mineral à vontade, e a partir do 8° mês até a lactação a necessidade protéica e energética aumenta, assim como a quantidade de ração fornecida. O fornecimento do alimento deve ser individual com controle de quantidade. Quando a este é realizado de forma coletiva, é comum os animais dominantes comerem em excesso e as restantes ficarem com a nutrição comprometida.

Os piquetes devem ser localizados em local tranquilo o mais próximo possível do alojamento dos funcionários o que facilita o manejo. A manutenção em cocheiras não é indicada, pois impede o exercício necessário e pode levar ao estresse das éguas, além de favorecer cólicas e edema dos membros.

A utilização de vermífugos a cada três meses é indicado para o controle de parasitas internos e aos 10° mês de gestação uma nova dose, o objetivo é evitar a passagem parasitas através da placenta, ocasionando diarreia nos potros recém nascidos. Já para os parasitas externos, uma atenção especial deve ser dada ao carrapato pois, esse transmite a doença conhecida como “babesiose”, podendo ocasionar o aborto, assim como comprometer a saúde dos potros nascidos.  A escolha dos produtos para o controle parasitário deve ser orientada por profissional.

A gestação deve ser feita com acompanhamento de profissional qualificado assim como, a administração dos medicamentos, uma vez que determinados produtos comerciais podem alterar o desenvolvimento normal do feto ou levar o parto.

Chagada a hora do parto, os animais podem ser mantidos em cocheiras ou piquetes-maternidade, de modo que o parto possa ser assistido e os devidos cuidados sejam observados e realizados com sucesso.

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Fonte: Mundo Equestre

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 28 de abril de 2014