Conhecer o grau de fertilidade de um animal é importante para os médicos veterinários que trabalham com a reprodução. Seja para a monta natural ou com o uso de técnicas, ter consciência das condições de cada animal deve ser um compromisso do proprietário. Nessa hora, o exame andrológico de garanhões forma um conjunto de etapas para colaborar com um manejo reprodutivo correto.
Entre as etapas importantes, o exame específico pode contar com uma grande aliada: a ultrassonografia. O exame ultrassonográfico oferece informações sobre a arquitetura interna dos órgãos genitais, auxiliando no diagnóstico e prognóstico de inúmeras patologias. Porém, apesar de ser muito eficiente, poucos veterinários a utilizam por falta de conhecimento.
Com tudo isso, vamos tratar neste artigo sobre a importância de compreender o uso da ultrassonografia bem como quando fazê-la e suas contribuições no exame andrológico.
Quando a ultrassonografia em garanhões é feita
O exame andrológico em equinos é dividido em algumas etapas. São elas: identificação do animal e do proprietário, exame do animal, exame clínico geral, exame específico, análise do sêmen e exame de sangue.
Com o intuito de aumentar a chance de se fazer um diagnóstico preciso e seguro, a ultrassonografia está presente no exame específico, permitindo avaliar o trato reprodutivo e órgãos reprodutivos internos sem o uso de método invasivo.
Embora o exame ultrassonográfico do trato reprodutivo em equinos seja utilizado há anos, este exame não é rotineiro na avaliação de garanhões durante o exame andrológico. Na maioria das vezes, ele costuma ser requerido quando há suspeita de algum processo patológico específico.
Contribuições da ultrassonografia no exame andrológico
A ultrassonografia contribui para um melhor exame andrológico. Ela é uma excelente ferramenta para diagnosticar inúmeras condições patológicas como granuloma espermático, epididimites, estruturas císticas do epidídimo entre outras. Além disso, a ultrassonografia do trato reprodutivo em garanhões permite aferições de medidas tais como altura, largura e comprimento, medidas estas utilizadas para estimar volume testicular e produção diária de espermatozóides e indicadores clínicos de disfunção testicular.
Um tipo de ultrassonografia ainda mais avançada é o doppler. Com ela, o médico veterinário faz uma avaliação hemodinâmica em tempo real, adquirindo informações importantes sobre o fluxo sanguíneo do equino.
Ou seja, a ultrassonografia no exame andrológico em garanhões tem inúmeras contribuições, como análise exata, medições e aferições, compreensão da arquitetura dos órgãos reprodutores e a identificação de patologias que podem estar presentes no animal.
Relação entre ultrassonografia e reprodução em equinos
Como já comentamos, tanto para a monta natural quanto para inseminação artificial (IA), o exame andrológico se faz necessário. Com a comercialização avançada e o uso de tecnologias cada vez melhores, a IA tem crescido em muitas propriedades que trabalham com reprodução de equinos.
O potencial reprodutivo do animal deve ser verificado sempre antes do procedimento ou início da estação de monta, assim é possível diagnosticar sub ou infertilidade e escolher qual será o método ideal para a comercialização do sêmen. Portanto, incluir a ultrassonografia no exame andrológico de garanhões pode tornar o processo mais preciso e, logicamente, mais rentável e sem perdas.
Após tudo isso, vimos que o papel do exame andrológico numa rotina de reprodução equina é muito importante e deve ser feito por profissionais capacitados, com conhecimentos e técnicas de reprodução como todo.
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Fontes: Pubvet, Revista Brasileira de Reprodução em Animais v.39, Revista Brasileira de Reprodução em Animais v.41, Revista Veterinária