A anemia se caracteriza como a presença de eritrócitos, concentração de hemoglobina ou hematócrito menores que os valores normais de referência. Raramente se constitui como uma doença primária, sendo geralmente o resultado de um processo, ou seja, doença generalizada.
É importante saber a causa da anemia para que o tratamento seja empregado de forma correta e racional, uma vez que não deve ser direcionado somente pela anemia, a não ser como medida de emergência.
Os sinais clínicos resultam da reduzida capacidade do sangue carrear o oxigênio e de certos ajustes fisiológicos que aumentam a eficiência da reduzida massa de eritrócitos circulantes e reduzido trabalho do coração.
O desenvolvimento dos sinais clínicos, que podem ser variados, dependendo do grau e da causa da anemia. Os sinais mais comuns são: dispneia; intolerância ao exercício; palidez das mucosas; aumento da frequência cardíaca, algumas vezes acompanhada de murmúrios, ou seja, o sopro sistólico; aumento da frequência respiratória; e depressão.
A anemia hemolítica aguda quando acomete os animais, ainda pode ocorrer icterícia, hemoglobinemia, hemoglobinúria e febre. Quando ocorre a perda crônica de sangue, o organismo consegue manter a homeostase circulatória e em alguns casos, mesmo com menos de 50% da hemoglobina normal, o animal pode não apresentar sinais clínicos.
A anemia é classificada como relativa ou absoluta. A anemia relativa pode se desenvolver pela expansão do volume plasmático. Já a anemia absoluta merece ampla investigação, é a forma mais comum, sendo classificada de acordo com a morfologia dos eritrócitos, mecanismos patogênicos e resposta eritróide da medula óssea.
Na medicina veterinária é comum nestes casos avaliar o hemograma visando à classificação da anemia morfologicamente com base no volume corpuscular médio (VCM) e na concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM).
Fonte: http://www.ufrgs.br/lacvet/livros/Analises_Clinicas_Vet.pdf