Contra as doenças causadas por fungos que atingem as funções neurológicas de cães e gatos, não existe um acervo de fármacos veterinários suficientes para atender as demandas, além de poucos estudos documentados sobre a eficácia do tratamento nessas infecções.
Meningoencefalites e Discoespondilites fúngicas são identificadas em pequenos animais e a saída para o tratamento dessas afecções é a busca por resultados relacionados medicina humana.
Tratar as infecções fúngicas do sistema nervoso central (SNC) de cães e gatos é difícil. Anfotericina B, flucitosina, cetoconazol, itraconazol e fluconazol, são os medicamentos disponíveis para o tratamento, que deve ser realizado por pelo menos seis semanas após remissão dos sinais clínicos.
Mesmo sendo absorvida fracamente pelo tecido nervoso de pequenos animais, a anfotericina B é utilizada com frequência no tratamento das infecções fúngicas sistêmicas, devendo monitorar o paciente quanto a sua nefrotoxicidade, vômito, tremores e anorexia.
Combinar fármacos pode ser benéfico a tratamentos. A anfotericina B, cetoconazol e flucitosina, são os principais agentes utilizados. A terapia com cetoconazol em dose elevada e por longo período foi considerada efetiva no tratamento de criptococose em gatos.
Fluconazol e itraconazol, exemplos de imidazóis, podem ser eficazes no tratamento de infecções fúngicas do SNC, pois o itraconazol é altamente lipofílico e atinge altas concentrações nos tecidos, e o fluconazol é seu espectro de ação similar mais comumente utilizado no tratamento de meningoencefalite fúngica.
Fonte: Revista Semina
Adaptação: Revista Veterinária
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