As micotoxinas são compostos que podem provocar as micotoxicoses, que são doenças ou alterações no homem e nos animais provocadas por micotoxinas.
As micotoxinas são compostos policetônicos resultantes das reações de condensação que ocorrem quando, em determinadas condições físicas, químicas e biológicas, se interrompe a redução dos grupos de cetona no processo de biosíntese dos ácidos gordos realizada pelos bolores.
Esses compostos policetônicos podem-se formar no final da fase de maior importância ou no início da fase em que o crescimento do bolor não evolui.
Os tricotecenos são micotoxinas que exercem um grande impacto na situação gastrintestinal dos animais. Além disso, afetam o sistema nervoso, o sistema circulatório e a pele e induzem a supressão das reações imunitárias do organismo animal, neste caso.
Os sintomas relacionados às micotoxinas de tricotecenos dependem da espécie animal, mas, geralmente, são: vômitos, taquicardia, diarréia; hemorragias, edemas e necroses dos tecidos cutâneos; hemorragias da mucosa epitelial do estômago e do intestino; destruição de tecidos hematopoiéticos; diminuição dos glóbulos brancos e plaquetas circulantes; meninges hemorrágicas (cérebro); alterações do sistema nervoso; rejeição do alimento; lesões necróticas em diferentes regiões da boca e degeneração das células da medula óssea, dos nódulos linfáticos e lesões intestinais.
Dentre os derivados de micotoxinas tricotecenos que se encontram mais como contaminantes naturais, e que têm maior impacto nos animais, estão a toxina T-2 (T-2) e o diacetoxiscirpenol (DAS). Esses dois tipos pertencem ao grupo A da família de micotoxinas tricotecenos e podem ser encontrados como contaminantes naturais dos cereais milho, cevada, sorgo, aveia, trigo, arroz, centeio e seus respectivos subprodutos.
Fonte: Engormix
Adaptação: Revista Veterinária
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