Os cães e os humanos ficam aborrecidos e desgastados quando são obrigados a exercer autocontrole e depois disso podem tomar decisões precipitadas.
A investigadora Holly Miller explicou que ,”quando as pessoas ficam esgotadas, são menos prestáveis, mais agressivas, jogam mais, etc”. Ela é autora de um novo estudo sobre o autocontrole dos cães publicado na Psychonomic Bulletin & Review, ao LiveScience. A Investigadora acrescentou que “aparentemente, essas consequências também têm raízes biológicas. Quando os cães estão desgastados, também ficam mais propensos a comportarem-se de forma precipitada e impulsiva”.
Miller e os seus colegas já tinham descoberto anteriormente que os cães desistem mais depressa de resolver um quebra-cabeças quando anteriormente foram obrigados a estar quietos. Nos seres humanos acontece o mesmo, pois desistimos mais depressa de resolver um problema quando estamos fatigados ou quando somos obrigados a resistir a alguma tentação.
A diferença entre nós e os cães no que diz respeito a esta impulsividade e risco, é que nós temos a capacidade de planejar com antecedência e reconhecer os nossos pontos fracos, evitando assim alguns comportamentos que poderia prejudicar-nos.
No estudo realizado por Miller e os seus colegas, os cães desgastados por terem sido obrigados a estar quietos, aproximaram-se de um cão agressivo como se não houvesse qualquer risco, enquanto que os cães que não tinham sido obrigados a exercer autocontrole, se mantinham afastados dele.
Segundo Miller, os donos de cães precisam ter atenção aos impulsos reprimidos dos seus animais e as possíveis consequências. Por exemplo, um cão que seja obrigado a controlar-se perante crianças que fazem barulho o dia todo, pode chegar a um limite e, impulsivamente, morder. Cabe aos donos reconhecer que os cães, igualmente como as pessoas, precisam de pausas e de descanso, bem como de poder exercer o seu comportamento natural.
Miller concluiu: “Em média, os cães familiares vivem uma vida precária. Se eles inibem o seu comportamento natural (ladrar, urinar em casa, roer, etc), podem viver em casa, se não o inibem, vão parar nos canis…”.
Fonte: Mundo dos Animais
Adaptação: Revista Veterinária
Curso de Cardiologia em Pequenos Animais