A vida dos cães está sendo prolongada pelo implante de marcapassos, essa cirurgia antes era realizada apenas nos humanos. De acordo com informações do jornal The State declaradas por David Sisson um professor da Universidade Estadual do Oregon, nos EUA, da medicina cardiovascular, milhares de cães já foram beneficiados com o implante de marcapasso ao longo das últimas duas décadas. Os números subiram de 100-200 implantes por ano na década de 1990 para os atuais 300-500.
Grommit um cão labrador caramelo, de 8 anos de idade é um dos milhares de cães, cuja vida está sendo prolongada pela tecnologia. Ele recebeu seu implante em 2006, após vários desmaios causados por um defeito do marcapasso natural do seu coração, que o colocou em risco de morte súbita. Sua tutora, Molly Hare, 41, disse que não teve que pensar muito para permitir que o Dr. Green, professor adjunto da Universidade Purdue de cardiologia, realizasse o procedimento no valor de US$ 2.000 em seu cão. “As opções eram eu voltar para casa e encontrá-lo morto no chão ou implantar o marca-passo para que ele tivesse uma vida longa e saudável. Foi isso que eu escolhi”, disse Molly Hare sobre seu animal de estimação.
A cirurgia durou cerca de duas horas, o que é típico neste caso. Dois fios foram introduzidos através da veia jugular do cão em seu coração, para estabilizar os impulsos elétricos. Em seguida, o marcapasso – um pequeno computador e bateria envoltos por uma cápsula de metal, no tamanho de uma moeda de US$ 1 – foi implantado sob a pele na parte de trás do pescoço e os fios conectados.
Os cães que fazem a cirurgia para colocar o marcapasso podem deixar o hospital de Purdue depois de um dia ou dois da cirurgia. Uma vez em casa, eles devem fazer repouso durante cerca de um mês para garantir a cicatrização.
Em um exame recente realizado por Green, o marcapasso de Grommit está funcionando perfeitamente, produzindo entre 50 e 180 batidas por minuto, dependendo do seu nível de esforço. “Ele parece muito bom”, disse Green, dando ao cão ofegante um tapinha nas costas.
Foi no ano de 2000 que Green, um dos cerca de 200 cardiologistas veterinários dos EUA que podem realizar implantes de marcapasso, fez o seu primeiro procedimento e hoje ele realiza cerca de 20 por ano. Uma gaveta em sua mesa de escritório tem muitos cartões de agradecimento dos proprietários gratos, cujos cães passaram por cirurgias bem sucedidas.
Os marcapassos utilizados em cães e outros animais, como gatos e cavalos, hoje em dia quase todos são doados por fabricantes de dispositivos médicos, que repassam os itens de acordo com a vida útil da bateria. Quando ela enfraquece e seu uso se torna impróprio para seres humanos, os aparelhos são doados.
Os marcapassos doados, que custam entre US$ 5.000 a US$ 10.000, são encaminhados para um centro chamado Companion Animal Pacemaker Registry and Repository, ou CanPacers, que Sisson fundou em 1991. O CanPacers não tem fins lucrativos e vende os dispositivos por cerca de US $ 500. O faturamento é revertido para estudos realizados por residentes de cardiologia veterinária.
Fonte: Anda
Adaptação: Revista Veterinária
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