A cesariana em éguas é, primeiramente, uma cirurgia para a retirada de um ou mais fetos do útero. Também conhecida como parto induzido, o processo para sua realização relativamente simples, com o parto sendo realizado por meio de uma abertura lateral na fêmea (técnica do flanco esquerdo ou direito) para se chegar com mais facilidade ao útero. Esse tipo de processo cirúrgico é utilizado em caráter emergencial, ou seja, quando se verifica a inviabilidade e os riscos do parto normal do animal.
A decisão sobre a adoção ou não à cesárea cabe ao veterinário responsável, já que alguns fatores para a realização do procedimento devem ser considerados, tanto na égua como no potro. Outro ponto é que, durante a cirurgia, exista uma atenção especial às condições higiênicas, já que os animais são vulneráveis a problemas de infecção.
Assim, o acompanhamento veterinário tem sua importância ainda mais evidenciada, já que esse tipo de situação, além de delicada, pode gerar problemas de saúde para a mãe e para o filhote. Neste artigo, você vai entender um pouco mais sobre a cesariana em éguas, conhecendo as principais motivos que levam a esse procedimento. Confira!
Quando é necessária a cesariana em éguas?
O principal motivo para a realização da cesariana em éguas é a distocia, ou seja, quando há problemas de origem materna ou fetal que dificultam ou impedem a ocorrência do parto normal. Em grande parte dos casos, esse procedimento é recomendado quando o filhote está muito grande, entretanto, pode ser indicado em outras situações como: a égua apresenta anormalidades e dilatação inadequada do cérvix, posicionamento do filhote, feto morto, dentre outros.
Além disso, outras situações que podem exigir a cesárea equina, são situações mais emergenciais, como ruptura da membrana cório-alantóide por tempo superior a uma hora, torção uterina ou em casos de risco de morte para a égua prenhe. Esta cirurgia, contudo ainda pode ser eletiva, ou seja, planejada e acordada por veterinário e responsável. Para essas situações o veterinário deve considerar algumas condições, são elas:
- Risco de distocia;
- Alta probabilidade de trauma reprodutivo;
- Égua em estágio terminal.
Como são muitos fatores decisivos para a vida do animal, o papel do veterinário é fundamental nesse momento. A decisão de quando realizar a cesariana em éguas deve ser do veterinário, deixando sempre claro para o proprietário os riscos que operação pode representar em cada caso.
Assim, como mencionamos anteriormente, a operação representa, inclusive, riscos de contaminação para os animais. Dessa forma, é importante que os animais sejam encaminhados um local apropriado, com todos os equipamentos esterilizados e uso dos medicamentos corretos, juntamente, é claro, da presença de um profissional qualificado.
Acompanhamento gestacional é fundamental!
Diante do principal motivo para a cesariana em éguas, a distocia, a importância do acompanhamento gestacional dos animais fica ainda mais evidente. Durante a gestação, com uso de técnicas como a palpação e, principalmente, a ultrassonografia, o veterinário será capaz de conhecer as estruturas internas e externas reprodutivas da fêmea e acompanhar o desenvolvimento do feto.
Assim, qualquer alteração que possa ocasionar problemas no parto é percebida de antemão. Isso garante mais segurança para os animais e maiores chances de viabilidade do potro. Ademais, é possível, em caso de morte fetal, perceber o ocorrido com antecedência, garantindo a saúde da égua.
A ultrassonografia veterinária nesse processo é essencial, pois permite a visualização do potro desde do desenvolvimento embrionário, bem como o acompanhamento das mudanças no interior da fêmea. Além disso, ela garante outras observações, como a vascularização, visível em aparelhos com doppler e que permite uma visão ainda mais detalhada.
Por fim, cabe ao veterinário estar preparado para a realização da cesariana em éguas. Como todo cirúrgico, ela oferece riscos aos animais e deve ser realizada quando a necessidade é observada pelo médico. Dessa forma, é preciso que este esteja apto para perceber os sinais dos possíveis problemas. Além de, claro, estar preparado para realizar a cesárea até mesmo em casos emergenciais.
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Fonte: Multivix e Escola do Cavalo