A cistite em gatos é uma inflamação urinária comum na rotina clínica, mas que causa muito incômodo e dor ao animal. A ocorrência é mais observada em felinos machos que tenham entre 2 e 6 anos. Normalmente, o problema causa apenas distúrbios simples. Todavia, quando não diagnosticado corretamente ou no início, pode levar a graves complicações e até mesmo à morte do animal.
Por isso, é importante ter conhecimento das causas, dos fatores de risco, dos sintomas, do diagnóstico e de possíveis tratamentos para a cistite em gatos. Quer tirar suas dúvidas sobre a enfermidade? Continue lendo!
Causas e fatores de risco da cistite em gatos
O aparecimento de cistite pode ter diversos motivos, mas alguns animais podem ter mais predisposição que outros. Idade, alimentação incorreta, obesidade, baixa ingestão de água e doenças anteriores são alguns fatores de risco que podem aumentar a chance do felino desenvolver o problema.
Todavia, existem algumas causas comuns que, quando não tratadas da maneira correta, tornam até mesmo a doença reincidente nos gatos. Diferente dos humanos e de outros animais, as bactérias, os vírus e os parasitas, apesar de muito frequentes, não são as únicas desencadeadoras da cistite nos felinos.
Câncer de bexiga ou outros tipos de tumores, estresse e ansiedade também podem ser causadores do problema. Nesse último caso, chamamos de cistite idiopática felina, quando outras causas já foram descartadas e possivelmente tem uma origem neurológica.
Este tipo ocorre quando o gato está estressado, ansioso ou agressivo, pois seu sistema endócrino, neurológico e de defesa do organismo sofrem alterações. Por isso, o animal fica predisposto ao desenvolvimento não só da cistite como de outras doenças.
Principais sintomas nos felinos
Os principais sinais de que o animal pode estar com algum problema é geralmente observado pelo tutor. Por não saberem expressar que estão com dor, é comum algumas alterações no comportamento como: urinar em locais impróprios, diminuição da quantidade de urina, dificuldade e/ou ardência ao urinar, urina com sangue e/ou odores muito fortes.
Em casos em que a doença já está mais avançada, os gatos podem apresentar falha na pelagem da barriga. Isso acontece porque o animal tende a lamber frequentemente a região abdominal, na tentativa de aliviar as dores na bexiga.
Para evitar que isso aconteça, o tutor deve procurar um médico veterinário logo que perceber os primeiros sintomas.
Diagnóstico e tratamento para a cistite em gatos
O tutor deve relatar o histórico do paciente ao médico veterinário, que provavelmente irá solicitar análises laboratoriais de amostras da urina para auxiliar no diagnóstico. Além disso, exame de imagem, como ultrassom do trato urinário, é solicitado para que sejam identificados os agentes causadores da doença.
Com o diagnóstico em mãos, o tratamento vai depender do quadro em que o animal se encontra. Os veterinários costumam prescrever antibióticos, anti-inflamatórios ou analgésicos ao felino. Entretanto, casos em que a origem é psicológica requerem maior análise. Nessas ocasiões o médico veterinário pode prescrever antidepressivos e ansiolíticos para a cura do animal. Também é importante que se pesquise quais situações levaram ao desenvolvimento do quadro para evitar que ele se repita futuramente.
O veterinário também poderá ajudar em casos em que o felino já apresenta fatores de risco. Incentivar exercícios físicos, manter água e ração de boa qualidade e estimular a micção, pode prevenir tanto a cistite em gatos quanto o desenvolvimento de outras doenças.
São muitos passos do aparecimento dos primeiros sintomas até a cura e, apesar de parecer simples, a cistite em gatos requer acompanhamento. Se especializar em nefrologia é fundamental para que você possa atender com segurança aos pacientes renais na rotina das clínicas veterinárias.
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