Em julho de 2010 constatou-se a perda de vários animais de espécie equina na Amazônia. A causa da morte foi cólicas causadas pela ingestão de uma gramínea melhorada geneticamente pela Embrapa Gado de Corte. Na época a única alternativa encontrada pelos produtores foi a transferência dos equídeos para outras pastagens durante as chuvas. Estudos conduzidos desde 2002 constataram a associação entre o consumo da pastagem e os surtos da doença, que mata aproximadamente 50% dos cavalos e burros com sinais crônicos.
Foi com o objetivo de propiciar avanços na produtividade da bovinocultura de corte que a Embrapa Gado de Corte desenvolve melhorias genéticas capazes de elevar a produção de pastagens. Nesse sentido, foram lançadas as cultivares Tanzânia-1 (em 1990), Mombaça (em 1993) e Massai (em 2000) de Panicum maximum, com potencial de produção de forragem expressivamente maior em relação à cultivar Colonião.
A Embrapa Gado de Corte divulgou em seu site que os casos de cólica eqüina por ingestão das gramíneas foram investigados, e não há registros das mesmas em outras regiões do país. Os casos de cólica em equídeos, associados à ingestão dessas cultivares, ocorrem exclusivamente na região Amazônica, no período chuvoso, em especial no seu início. Não se verificou surto da doença em pastagens implantadas com menos de dois anos, nem quando os equídeos pastejam com bovinos.
A sugestão é evitar o pastejo exclusivo das cultivares Tanzânia-1, Mombaça e Massai de Panicum maximum, para equídeos, durante a época chuvosa. E implementar áreas com pastagens alternativas (sobretudo Brachiaria humidicola) para as quais os equídeos devem ser remanejados durante o período chuvoso, nas regiões de ocorrência da enfermidade.
A Embrapa gado de corte ressaltou ainda que a cólica em equídeos tem diversas etiologias, sendo importante estabelecer o diagnóstico diferencial com essas outras condições.
Fonte: Site Embrapa
Adaptação: Revista Veterinária
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