Como e por que fazer a Inseminação artificial em cães

A técnica da inseminação artificial em cães tem sido cada vez mais utilizada, tanto por criadores como por proprietários de cães. O que antes era um procedimento envolto em dúvidas e realizado por poucos médicos veterinários, atualmente é conhecido e também dominado por vários profissionais.

As indicações para se inseminar uma fêmea canina são várias, entre elas podemos citar quando: existe uma diferença de peso e tamanho ente ela e o macho, ou vice e versa; ela não aceita o acasalamento, mesmo estando em período propício; o macho, por sua vez, não tem interesse por aquela determinada fêmea; o macho possui algum impedimento físico (desde que não seja genético) que não torne possível montar na fêmea; entre outros.

Além desses fatores, existe a opção de certos criadores em não querer o contato direto dos animais, para evitar traumatismos ou até mesmo a transmissão de doenças. As longas viagens da fêmea para ir até o local em que o macho se encontra também podem não existir se trabalharmos com sêmen resfriado ou congelado.

Para que a inseminação artificial tenha sucesso, existem dois pontos principais: o primeiro é usar um sêmen de boa qualidade (puro, refrigerado ou congelado) e saber que a fêmea não apenas está no cio, mas em momento de ser fertilizada.

Ao realizar um exame do sêmen pode-se ter uma garantia de que o sêmen possui as condições mínimas para utilização ou processamento para uso posterior. Essas condições mínimas são: mais de 70% dos espermatozóides com faculdade de se mover progressivamente retilínea com velocidade graduada acima de três (escala de 0 a 5); número de espermatozóides acima de 200 milhões de espermatozóides vivos e viáveis no total do ejaculado; e menos de 20% de alterações na morfologia espermática.

Por sua vez, as fêmeas devem ser acompanhadas desde o 7º dia do cio, pois 10% delas podem estar prontas nesse momento, 40% entre o 10º e 13º dia e 50% após este período. O acompanhamento se faz pela observação dos sinais e sintomas do cio, citologia vaginal e dosagem de progesterona. O ideal para fertilização é que a cadela se encontre com os níveis de progesterona entre 10 e 15ng/ml. O quanto à progesterona aumenta diariamente é individual, por isso o acompanhamento deve ser constante.

A inseminação em si pode ser realizada por via vaginal (fundo da vagina anterior) ou intrauterina com auxílio de endoscópio ou de cirurgia. Uma vez estando tanto o sêmen do macho em condições mínimas, como a fêmea em momento ideal para ser fertilizada, ela é inseminada e as chances de ficar prenhe são de aproximadamente 90% quando se utiliza sêmen fresco, 80% com sêmen resfriado e ao redor de 60% com o sêmen congelado. Assim sendo, a inseminação artificial em cães é uma técnica que propicia uma maior chance de gestação.

Fonte: Mbs-euamocaes

Adaptação: Revista Veterinária

 

 

Conheça o Curso de Inseminação Artificial em Pequenos Animais

 

 

Artigos Relacionados com Pequenos Animais: