Popularmente conhecida como a doença do carrapato, a Erliquiose é uma enfermidade infecciosa, generalizada e séria que é transmitida pela picada do carrapato contaminado pela bactéria Ehrlichia Canis.
O principal vetor da erliquiose é o Rhipicephalus Sanguineus, carrapato marrom, que é responsável por abrigar e transportar a verdadeira causa da doença. Apesar de ser muito comum em cães, a doença do carrapato também podem afetar gatos e humanos causando sérios danos à saúde.
Como é transmitida?
A doença do carrapato é transmitida pela picada do carrapato infectado com a bactéria Ehrlichia Canis. Desta forma é importante não expor outros cães ao animal infectado para que a doença não se prolifere.
Quais são os sinais?
O período de incubação em cães dura de 2 a 6 semanas, após a infecção. Os principais sinais da doença são:
– Dificuldade em respirar;
– Perda de apetite e de peso;
– Edemas pelo corpo;
– Febre frequente;
– Inchaço dos gânglios linfáticos;
– Secreções ou hemorragias nos olhos e narinas;
– Equimoses ou hematomas na pele.
Tratamento
O tratamento mais seguro e eficaz recomendado para a erliquiose canina são medicamentos antibacterianos com administração a cada 12 horas geralmente por 28 dias.
Antibióticos já foram muito utilizados, porém nenhum apresenta eficácia suficiente em relação a ação dos medicamentos antibacterianos no combate a doença do carrapato.
A Babesiose canina é outra enfermidade associada à erliquiose, já que ambas dividem o mesmo agente transmissor, o carrapato Riphicephalus Sanguineus. Para a cura da Babesiose canina o tratamento do paciente possui uma combinação de medicamentos para alívio das manifestações clínicas inflamatórias.
Como saber se o tratamento surtiu efeito?
Mesmo sendo uma exceção, em todos os tratamentos, existem animais que não apresentam melhora. Na doença do carrapato não é diferente, há várias explicações do “por que” isso acontece, dentre elas podemos destacar a ineficiência da medicação em um determinado organismo ou ainda que a erliquiose possa ter associação com outra doença, que geralmente é o mais comum.
Para constatação do insucesso do tratamento, antes de serem reavaliados os sinais clínicos, o médico veterinário deve se certificar que a medicação foi administrada corretamente pelo proprietário e perguntar se o animal apresentou êmese constante, pois, se isso ocorreu, pode não ter dado tempo de o organismo absorver a quantidade necessária dos medicamentos para a ação correta.
Outro fator pode ser também que o animal seja sensível ao medicamento ou tenha gastrite medicamentosa, o que provoca a êmese. Após definição que a ineficácia está realmente no tratamento prescrito, sinais clínicos devem ser observados e nesses casos é necessária a aplicação de medicação que atue na estabilização do quadro.
Agora, se há melhora clínica e apenas os resultados laboratoriais não apontam a efetividade do tratamento, não deixa de ser um bom indício, pois, muitos animais demoram a demonstrar recuperação dos parâmetros hematológicos, principalmente àqueles em fase crônica da infecção.
É importante ficar atento! Interpretar sinais clínicos é fundamental para salvar a vida do paciente e se tornar um profissional de sucesso.
E você, já atendeu algum paciente com a doença do carrapato? Conte-nos como foi nos comentários!
E para ajudá-lo ainda mais, separamos algumas dicas que farão você atuar com maior segurança na clínica de pequenos animais.
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Fonte: Meus animais