De fundamental importância para o diagnóstico de doenças em animais, sem necessidade de removê-los, o equipamento de raio X portátil auxilia, no trabalho dos profissionais da Medicina Veterinária.
Nos últimos anos, no Brasil, tem aumentado a utilização de equipamentos médicos sofisticados, no ramo da veterinária.
O endoscópio e o ultrassom são os melhores exemplos, unindo-se, agora, ao raio X, que, por ser portátil, pode ser usado diretamente na propriedade, conferindo mais precisão ao diagnóstico dos traumatismos e outras doenças que afetam os animais, como as infecções de ouvido, sinusite e problemas na dentição.
A região dos membros, cabeça e pescoço são as regiões mais beneficiadas, nos animais de grande porte. Já nos pequenos, amplia-se o benefício para a coluna, bacia e tórax, tendo maior abrangência, em todo o corpo.
Sem o Raio X portátil, eram grandes as dificuldades para se tratar animais em suas necessidades, pois os equipamentos eram de uso exclusivo em humanos e sua remoção era praticamente impossível assim como era difícil transportar o animal até ele. Segundo o médico veterinário José Bráulio Florentino, abria-se mão do exame por essas dificuldades. Hoje, o mesmo médico afirma fazer uso desse recurso, no Hospital Rural Veterinário, em que atua.
O aparelho de raio X portátil é facilmente transportável e seu desempenho não deixa a desejar se comparado a um convencional. O tempo de exposição é de apenas 1/10 de segundo e a revelação dos filmes pode ser feita no próprio campo.
A utilização mais frequente em equinos, de acordo com José Braulio, fará desaparecer o tabu de que animais com fraturas devem ser sacrificados, por não ter salvação. “O exame de raio X possibilita avaliar a gravidade da lesão, se é apenas uma luxação, uma pequena fratura ou algo mais sério.”
Nos dois primeiros casos, o tratamento indicado é baseado em medicação e repouso. Nos casos de grandes fraturas, embora não seja necessário o exame de raio X para detectá-las, o equipamento possibilita a visualização do número de fragmentos ósseos e o planejamento do tratamento cirúrgico mais adequado.
Em bovinos, as pequenas fraturas e luxações são mais comuns em grandes touros, utilizados para a monta a campo, que se tornam muito pesados e ficam mais sujeitos a esses tipos de lesões. Quando apresentam claudicação, muitas vezes, não conseguem mais cobrir as vacas. Nesse caso, um diagnóstico preciso e o tratamento adequado pode significar a recuperação de um animal de grande expressão zootécnica, evitando seu descarte.
Nos casos de inflamação das lâminas do casco (laminite), salienta o veterinário José Bráulio Florentino, o exame possibilita o diagnóstico precoce, bem como ajuda a verificar a posição das falanges dentro do casco, e assim, corrigir ou evitar a rotação das mesmas com a utilização de ferraduras.
Por: Evandro Bittencourt
Fonte: Web Rural
Adaptação: Revista Veterinária
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