Todo animal antes de passar pelo procedimento da castração, seja ele um cãozinho ou um gatinho, deve ser avaliado por um médico veterinário. A castração é um dos procedimentos mais comuns na veterinária, mas é uma cirurgia e requer atenção especial antes, durante e depois da operação.
O profissional é quem pode determinar se o animal está apto ou não ao procedimento cirúrgico. A avaliação consiste em um exame físico e também exames complementares, que são os exames pré-cirúrgicos.
No exame de sangue é possível avaliar a presença de infecções, anemias e quantidade de plaquetas, elementos fundamentais para a coagulação sanguínea. Quando as plaquetas estão com valor muito reduzido, esse animal pode ter problemas de hemorragias durante a cirurgia, não sendo indicado realizar o procedimento de castração.
Avaliação bioquímica (exame de sangue) renal e hepática também é importante, já que é através de fígado e rim que os anestésicos são metabolizados e excretados. Quando há um comprometimento da função desses órgãos, o risco da cirurgia aumenta. O Eletrocardiograma avalia a função cardíaca e é ainda mais importante em animais idosos. Após a realização dos exames, o veterinário vai determinar se o pet está apto ou não a realizar a cirurgia. Caso apareça alguma alteração no exame, pode ser necessário tratar o animal antes da realização da cirurgia. Os riscos da cirurgia são amenizados com esses cuidados.
Para reduzir o risco de vômito durante a cirurgia, geralmente é recomendado que o pet fique de estômago vazio antes de passar pela anestesia. O animal deve ficar 12 horas sem ingerir água e alimentar.
Até a operação mais bem sucedida pode ter complicações se o período do pós-operatório não é respeitado e lidado de forma inadequada. O principal cuidado com o animal após a cirurgia é a manutenção dos pontos. É preciso impedir o animal de lamber e morder os pontos para evitar a infecção, má cicatrização e até a abertura desses pontos com exposição dos órgãos internos. Para isso você pode usar uma roupinha cirúrgica no animal, que cobre os pontos ou então o famoso colar elizabethano (cone de plástico).
É preciso manter o animal num certo repouso, evitando saltos e corridas. É preferível que o proprietário esteja junto com o animal no pós-operatório para monitorar esses cuidados, ou quando o animal tem de ficar sozinho, pode-se limitar o espaço, deixando-o em um cômodo onde não possa fazer “estripulias”.
O curativo dos pontos também deve ser feito diariamente. Faça uma limpeza com soro fisiológico e aplique uma pomada ou spray antisséptico, de acordo com a prescrição do médico veterinário. A colocação de gaze e esparadrapo ajuda a vedar o ferimento, conferindo uma maior proteção.
A administração de antibióticos e anti-inflamatórios faz parte dos cuidados no pós-operatório, e é fundamental que se respeite a dose e o tempo de administração prescrito pelo veterinário, para que o pet não sinta dor e não ocorra nenhuma complicação durante a recuperação.
Fonte: Cães e Gatos
Adaptação: Revista Veterinária
Conheça o Curso de Cirurgias em Pequenos Animais