Se você é tutor ou trabalha com pequenos animais, com certeza já ouviu o termo “dermatofitose”, não é mesmo? Muito comum nos casos de atendimentos dermatológicos em clínicas e hospitais veterinários, a dermatofitose é considerada uma doença altamente contagiosa.
Ainda mais comum, a dermatofitose em gatos acontece com certa frequência nesses animais uma vez que são os seus maiores transmissores. Comumente conhecida como micose, essa enfermidade é uma infecção fúngica que afeta diretamente a pele, unhas e os pelos do animal. As principais espécies causadoras da doença pertencem aos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton.
A dermatofitose em gatos é altamente contagiosa, seja entre outros animais ou humanos. Além disso, algumas raças podem ter uma propensão maior que outras. Um exemplo são gatos de pelagem comprida que sofrem com esse problema mais frequentemente pelo fato de ter uma maior dificuldade de remoção dos esporos do fungo durante a higiene diária.
Agora que você sabe o que é a dermatofitose em gatos e os fatores que contribuem para o aparecimento da doença, vamos te mostrar outros pontos de atenção. O objetivo desse artigo é que você conheça os principais sinais da doença e saiba quais os tipos de tratamento existentes. Além disso, vamos dar 3 dicas essenciais para a prevenção. Aproveite!
Fatores que levam ao surgimento da dermatofitose em gatos
Antes de entrarmos nos sinais da enfermidade, vamos levantar um ponto muito importante. Existem alguns fatores que favorecem o desenvolvimento da dermatofitose em gatos. Para que seja possível não só reconhecer os sinais, mas entender os tratamentos e dicas, é fundamental entender o que pode favorecer o surgimento dessa doença. Assim, entre esses fatores podemos destacar:
- Estresse;
- Doenças ou parasitas pré-existentes;
- Baixo sistema imunológico;
- Ambiente (constante umidade e falta de luz solar);
- Falta de higiene;
- Nutrição desequilibrada.
Principais sinais da dermatofitose em gatos
Apesar dos sinais da dermatofitose em gatos nem sempre se manifestarem nos pacientes, quando aparentes, estes são bem visíveis e podem ser percebidos facilmente. Entretanto, gatos de pelagem longa, além de estarem mais propícios ao surgimento da doença, também tem estes sinais menos notáveis. O comprimento do pelo dificulta a observação dos indícios da enfermidade no animal e, por isso, essa doença é considerada silenciosa.
Os sinais mais comuns da dermatofitose em gatos são: coceira, perda de pelos, pele avermelhada e irritada. Assim, o animal inicialmente irá lamber, coçar e morder com frequência os locais afetados, o que facilita a propagação do problema pelo resto do corpo.
Desse modo, quando visível, a enfermidade se apresenta nas formas de descamação e a alopécia em volta do focinho, orelhas e membros anteriores, onde se apresentam em forma de anel vermelho no local afetado pelo fungo. Além disso, a dermatofitose em gatos causa crostas e escamas na pele do animal, nódulos e furúnculos, podendo atingir outras regiões. Quando afeta as unhas do animal, estas ficam com aparência quebradiça e algumas chegam a lascar, esse sinal é conhecido como onicomicose.
Tratamentos existentes
O tratamento da dermatofitose em gatos possui algumas variáveis que precisam ser observadas pelo médico veterinário. Elas interferem no resultado e na maneira como o veterinário vai conduzir a solução do problema. Assim, além de realizar uma bateria de exames para garantir com eficiência o sucesso do processo, o responsável deve levar em conta:
- Grau da enfermidade;
- Idade do gato;
- Outras doenças e parasitas possíveis
- Estado do seu sistema imune;
- Risco de alergias a medicamentos.
Apesar disso, de forma geral, o tratamento da dermatofitose deve associar terapias tópicas com terapias sistêmicas de modo a garantir a cura completa. Os tratamentos tópicos são aplicados nas lesões, enquanto a terapia sistêmica ataca os possíveis esporos no folículo dos pelos.
Nesses casos, também é recomendado isolar o animal infectado e realizar uma limpeza completa do ambiente. Além disso, é importante realizar o acompanhamento do paciente, fazendo o cultivo de culturas da infecção. Isso é importante para ter certeza que a doença não está mais presente.
3 dicas de prevenção
Como a gente prometeu, agora vamos dar 3 dicas de prevenção da dermatofitose em gatos. Com elas é possível combater os causadores antes que eles infectem o animal e causem a doença.
- Higienize os ambientes onde o animal passa mais tempo: a higiene do animal é fundamental para que os fungos não causem a infecção. Além disso, quando o animal já passou pela doença, a higienização dos ambientes evita novo contágio por esporos que permaneceram no local.
- Banhos com shampoo antifúngico específico: sabemos que os gatos costumam realizar a própria higienização. Porém, principalmente em animais de pelos longos, é importante que o animal tome banhos com shampoo específico como forma de prevenção e tratamento tópico para a doença.
- Escovação e, quando necessário, corte dos pelos: a escovação permite a visualização do pelo e pele do animal auxiliando na detecção da doença. Além disso, ela contribui para a higiene removendo impurezas e sujeiras que podem carregar esporos. O corte dos pelos é uma medida controversa, mas pode ajudar no tratamento da doença.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a dermatofitose em gatos, entende que o tratamento e acompanhamento precisam ser realizados por um profissional capacitado. A dermatologia veterinária é um segmento em expansão que oferece ao profissional a possibilidade de atuar de forma diferenciada no mercado.
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Fonte: Vets & Clinics e CPT Cursos Presenciais