A discopatia cervical ou doença do disco intervertebral na região cervical é caracterizada como doença do disco intervertebral, é a condição neurológica mais frequente que acomete cães e também a segunda afecção mais frequente no serviço de neurologia animal.
A discopatia acontece devido à degeneração do disco intervertebral e consequente extrusão ou protrusão do disco intervertebral, que irá comprimir a medula espinal ou raízes nervosas e dessa forma gerar os sinais clínicos da doença.
A região cervical representa cerca de 15% dos casos de doença do disco intervertebral. As regiões mais afetadas pela doença são as afecções ocorrentes no espaço intervertebral C2 e D3. Os segmentos C6 e C7 são mais afetados em raças de grande porte.
Os sinais clínicos observados irão depender da força e da velocidade com que o material se dirige ao canal medular e também da quantidade de material e do volume ocupado no canal medular, podendo ocorrer ataxia propriocepativa, hemiparesia, tetraparesia até tetraplegia.
Observado os sinais clínicos que caracterizam a discopatia e após a realização dos exames radiográficos, exames radiográficos simples e mielografia, de tumografia computadorizada ou ressonância magnética é possível dar o diagnóstico preciso da doença.
O tratamento da discopatia baseia no repouso por três a quatro semanas, o uso de anti-inflamatórios também tem bons resultados em casos mais leves, porém pode haver reincidência da doença. Já a cirurgia é indicada em casos mais graves da doença ou também quando o tratamento conservativo não dá resultados, em casos com progressão dos sinais clínicos e hiperestesia cervical persistente. Com a cirurgia há a remoção do material herniado e a descompressão da medula espinal.
Dentre as técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas estão a descompressão por fenda ventral, fenestração do disco intervertebral ventral, laminectomia descompressiva por acesso lateral ou dorsal, hemilaminectomia e facetectomia.
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Fonte: CPT Cursos Presenciais Adaptação: Revista Veterinária