O sistema intensivo de criação de frangos de corte responde de maneira eficiente ás condições de mercado atual no que tange ao ciclo produtivo. Dentro desse sistema, existe a probabilidade da ocorrência de distúrbios do metabolismo desses animais. Os problemas metabólicos estão relacionados com as deficiências de funcionamento de determinados órgãos ou sistemas, dentro da fisiologia animal. Em vista as altas atividades de produção em que são submetidas, torna-se evidente um reflexo de anormalidade em seu metabolismo. Dentre alguns distúrbios de metabolismo, evidenciamos aqui a denominada Síndrome Ascítica (SA) ou também chamada por ascite.
A ascite caracteriza-se por uma patologia cuja característica visível está no acúmulo de líquido na cavidade abdominal sendo que, linhagens melhoradas para alto ganho de peso corporal, são mais susceptíveis a mesma. Atenção para as regiões Sul e Sudeste, pois, condições climáticas nos meses de inverno (presença do frio), acarreta em maiores consumos e que, portanto, aumenta velocidade de crescimento e consumo. Condições nutricionais, ambientais e genéticas, favorecem sua manifestação além da baixa concentração de oxigênio tecidual. Quanto maior o metabolismo, maior o consumo de oxigênio dos tecidos o que acarreta sua diminuição ocasionando um quadro de hipóxia.
A deficiência em oxigênio nas células promove o desencadeamento da ascite. Associado a isso, condições inadequadas de ventilação, temperaturas não controladas, fornecimento de dietas com alta densidade energética e alteração da frequência cárdio-respiratória das aves, também colaboram para o problema ascítico em frangos de corte. Por exemplo, na fase inicial de criação, pintos até 21 dias, é recomendável a utilização de cortinas ou estufas, pois, trata-se de alternativa viável e rentável e contribui para redução de perdas de aves por ascite.
Quando no início da patologia, os frangos ficam apáticos, cristas e barbelas arroxeadas, dispnéia e as penas ficam eriçadas até aparecer o líquido na cavidade abdominal. Essas alterações no metabolismo provocam lesões, hipertrofia dos tecidos cardíacos, pulmonares e hepáticos.
Uma maneira de controlar a perda dessas aves por ascite é através da elevação da dosagem de vitamina E e selênio nas rações os quais, possuem ação anti-oxidante permitindo com isso, a redução de lesões de capilares e membranas.
Autor: Rodrigo Dias Coloni- Zootecnista, Mestrado e Doutorando em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
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