Em toda criação, a alimentação representa mais de 70% dos custos de produção sendo que, os ingredientes tradicionais utilizados são o milho e farelo de soja como fontes de energia e proteína, respectivamente. O consumo de carne de frango por parte dos consumidores é uma realidade, pois, além da quantidade do produto ofertado a um baixo preço, a questão da acessibilidade da população de baixa renda. A inclusão de subprodutos de modo a substituir um ingrediente de maior custo, é uma saída para diminuição de custos de produção para o produtor. Dentro desse contexto, a mandioca (Manihot esculenta crantz) de extenso cultivo no Brasil, portanto comum em países tropicais e subtropicais, pode ser empregada como alimento energético alternativo substituindo em certas proporções o milho.
A raspa da raiz da mandioca é rica em carboidratos, concentrada na forma de amido, e que possui valores mínimos de proteína, minerais e vitaminas os quais são ajustados, portanto, no balanceamento de dietas para alimentação animal. Segundo ALMEIDA (2005), as raízes da mandioca são excelentes fontes de energia e as folhas ricas em proteínas onde, comparando este com o milho, a raspa da mandioca só perde para valor protéico sendo superior aos demais nutrientes. É importante lembrar do tipo de mandioca ao qual está utilizando na alimentação animal já que a mesma é composta por um fator antinutricional que é o glicosídio cianogênico que dependendo da concentração, pode levar a morte. O manejo nutricional nesse aspecto deve-se realizar o aquecimento ao sol do material para eliminação dessa substância.
Apesar do baixo nível protéico, quando bem processada, a mandioca contribui de maneira significativa para aumento de consumo e ganho de peso dos animais. De acordo com SOUSA (2008), a farinha integral de mandioca pode ser usada como substituto parcial ou total dos ingredientes energéticos como é o caso do milho, trigo, cevada tanto pelo seu nível energético quanto pela sua palatabilidade.
Portanto, a farinha da raiz de mandioca pode ser utilizada na alimentação, principalmente dos animais domésticos sendo boa alternativa como ingrediente energético.
Autor: Rodrigo Dias Coloni- Zootecnista, Mestrado e Doutorando em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
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