Em qualquer procedimento cirúrgico é necessária uma breve análise das condições físicas dos animais, dentre os fundamentos que auxiliam a indicação do tratamento cirúrgicos em equinos temos a anamnese, os sinais clínicos, a sondagem nasogástrica, a palpação retal, a paracentese e a patologia clínica.
No procedimento de amamnese é importante fazer a relação do início e da evolução dos sinais de dor abdominal, já que casos de dor com início súbito, agudos ou abagudos com evolução consecutiva muitas vezes se relacionam a obstruções graves que precisam de tratamento cirúrgico urgente. Já os casos de dor leve e moderada, intermitentes, mas prolongados, estão mais relacionados à obstrução simples e podem não precisar de cirurgia, se o tratamento conservador surtir efeito, caso contrário o animal deverá ser operado, evitando assim o maior agravamento do quadro.
Os sinais clínicos da cólica equina como alterações de postura e comportamento indicam a noção da dor. O equino que apenas olha para o flanco poucas vezes ou que permanece por um período prolongado em decúbito esternal ou ainda em posição quadrupedal provavelmente ador ainda não alcançou um grau muito elevado, já aquele animal que deita e rola continuamente e rápido provavelmente está sofrendo com o grau mais elevado de dor.
Procedimento realizado em medidas de urgência em casos de cólica equina, a sondagem nasogástrica evita a ruptura gástrica, já que pode revelar a presença de refluxo enterogástrico em grande volume. Pela palpação retal é possível identificar alterações na anatomia topográfica e também nas dimensões e consistência das vísceras abdominais. Através da paracentese é possível evidenciar o liquido peritoneal sanguinolento compatível com obstruções graves.
Observando e realizando os fundamentos auxiliares no diagnóstico e grau de evolução da cólica equina, possibilidade de sucesso cirúrgico é maior.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Veterinária