A Rinotraqueíte felina é uma doença viral extremamente frequente, que acomete os gatos domésticos e felídeos selvagens, sendo que os sintomas mais frequentes são: espirros, febre, rinite e conjuntivite; o animal fica babando (é, por esse sintoma, às vezes confundida com a raiva) devido à presença de lesões ulcerativas (aftas) na boca, língua e lábios que causam muita dor e impedem o gato de comer. Esta doença é causada pelo herpesvírus felino e a maioria dos gatos que se recuperam da infecção tornam-se portadores assintomáticos, ou seja, eles albergam o vírus no organismo de forma latente e podem eliminá-lo no ambiente, associado ou não a sinais clínicos.
Em casas onde há muitos gatos ou instituições que abrigam esses animais, são mais suscetíveis ao aparecimento da doença, já que a transmissão ocorre de um animal para outro através da saliva e contato com secreções.
Os animais de todas as idades podem ser acometidos, porém os filhotes são mais suscetíveis. Inicialmente o gatinho começa a espirrar com liberação de secreção nasal, com a evolução do quadro ele passa a apresentar corrimento ocular, falta de apetite e febre. A doença pode ser fatal para filhotes e animais debilitados.
As infecções bacterianas secundárias, que atribuem à doença um caráter crônico são um grande complicador da patologia.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas e testes laboratoriais específicos.
O tratamento é feito com administração de antibióticos e terapia de suporte, isto é, suporte nutricional e hídrico adequado. O tratamento deve ser instituído logo nos primeiros sintomas, principalmente para aliviar a dor causada pelas aftas para que o gato não pare de se alimentar. Os gatos acometidos devem ficar isolados, em quarentena, para evitar a transmissão para animais saudáveis.
O prognóstico, de maneira geral é favorável, desde que siga o tratamento corretamente, com terapia nutricional adequada.
A prevenção continua sendo o melhor tratamento, por isso é fundamental que o proprietário do animal vacine seu filhote a partir de oito semanas de vida, e siga o protocolo de reforço estipulado pelo veterinário. A vacinação deve continuar no animal adulto, com reforços anuais. Para quem for adotar um gato novo, o recomendado é não colocar o animal junto com os gatos da casa sem antes levá-lo ao veterinário para fazer uma avaliação.
Fonte: Cães e Gatos
Adaptação: Revista Veterinária
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