A hérnia umbilical em cães é um ponto fraco ou abertura dentro de uma massa muscular que permite que órgãos internos passem. O “buraco” normalmente se forma nos músculos da barriga do animal, local onde passam as vísceras e parte do intestino. Com a falha, os órgãos entram em contato com a pele e formam uma espécie de bolha no abdômen.
O aumento de volume na região do umbigo dos animais pode variar de tamanho, e em alguns casos de hérnia umbilical pequena é possível ocorrer o seu fechamento natural. Porém, respondendo a dúvida de muitos leitores, é possível que alguns cães vivam bem com a alteração.
Mas, é fundamental que sejam acompanhados por um médico veterinário. Pois, existe a possibilidade da hérnia aumentar e se tornar um caso mais grave. Ao longo desse artigo você irá encontrar a resposta para as principais dúvidas relacionadas ao assunto. Boa leitura!
Qual a causa e como ocorre a hérnia umbilical em cães?
A hérnia umbilical em cães pode ser de natureza genética ou adquirida. No primeiro caso pode ocorrer a transmissão para os filhotes e a principal orientação é não realizar o cruzamento com cães que apresentam o problema.
As adquiridas podem ocorrer quando a cadela tem seus filhotes. Na hora do nascimento, ela tende a cortar o cordão umbilical do recém-nascido com os dentes. Essa tração pode fazer com que o animalzinho apresente a hérnia umbilical.
O problema é ainda mais comum na raça shih tzu devido à conformação da arcada dentária da mãe. Aliás, sabe-se também que muitos machos que são criptorquidas (condição do macho na qual pelo menos um dos testículos não desce ao escroto ficando retido na cavidade abdominal ou subcutâneo inguinal), apresentam hérnia umbilical.
Nem todos os casos necessitam de cirurgia
Normalmente a hérnia umbilical em cães não tende a apresentar maiores problemas além da parte muscular do cão que cede. Porém, existem situações em que o volume está muito grande, ou mais grave ainda quando ocorre o estrangulamento de alguma víscera abdominal. Assim, é preciso realizar a cirurgia com o objetivo de reparar o problema. As vísceras são colocadas em seu lugar correto e os músculos fechados cirurgicamente.
Quando ocorre o estrangulamento de alguma víscera o animal costuma apresentar alguns sinais característicos. São eles:
- Vômitos;
- Dor abdominal;
- Anorexia;
- Falta de apetite.
O mais importante é que sempre que os proprietários observarem alguma alteração no animal deve levá-lo ao médico veterinário. O mesmo avaliará os riscos e a necessidade de cirurgia. Em casos mais complexos, onde a bolinha na região abdominal é tão grande que escapa parte da membrana que envolve os órgãos é fundamental que os médicos veterinários estejam preparados para realizar a cirurgia de emergência nos animais.
Outros tipos de Hérnia
Além da hérnia umbilical, os cães também podem apresentar outros tipos de hérnias. Como por exemplo, as hérnias perineais, que é quando acontece o prolapso de vísceras abdominais entre o diafragma pélvico e o reto. Os cães possuem dificuldade para defecar e crescimento do volume perto do ânus. Podem ainda ser observados vômitos, flatulência, incontinência fecal e prolapso retal. Então, o tratamento baseia-se em ajudar o animal a esvaziar o intestino da maneira recomendada pelo médico veterinário e, provavelmente, procedimento cirúrgico em casos mais graves.
A hérnia de disco também é outro exemplo, sendo bem frequente, e pode ocorrer quando o disco cartilaginoso que existe entre as vértebras, na coluna, sai do seu lugar. O animal sente muitas dores, pode ficar mais quieto e se negar a levantar pelo incômodo causado ao se mover. O tratamento envolve repouso em camas mais aconchegantes, com medicação adequada, além de procedimento cirúrgico, para casos mais graves.
Sobretudo, em qualquer destas situações, o médico veterinário deve ser procurado imediatamente e a supervisão do animal será fundamental por toda sua vida, para assegurar que o animal esteja saudável.
Atenção especial para alguns cuidados
A adoção de alguns cuidados tem papel fundamental, as fêmeas que apresentam hérnia umbilical não devem ficar gestantes até que se resolva o problema. Pois, pode ocorrer algumas complicações ao longo da gestação e há risco de comprometimento dos bebês e da mãe.
O prognóstico da cirurgia e recuperação cirúrgica é excelente, quando o pós-operatório é realizado de forma adequada. Exige alguns dias de repouso, medicações e cuidados com os pontos. E mais, apesar de parecerem cuidados simples e comuns, é essencial que o médico veterinário saiba agir rapidamente em situações que demandam intervenção cirúrgica de emergência.
Independente do procedimento cirúrgico que for realizado, é fundamental o conhecimento aprofundado sobre Anestesiologia Veterinária em Pequenos animais. Sobretudo, para que o médico veterinário possa atuar com segurança e ter sucesso na profissão.
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Fonte: Diário do vale e Melhores amigos