Cada dígito de um bovino e composto por três tipos de tecido: a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo. A epiderme é queratinizada e a derme, também chamada de córion, é uma estrutura altamente vascularizada que tem como função a nutrição do casco. Por último, o tecido subcutâneo que forma a almofada digital. Além dos três tecidos referenciados, cada dígito é composto ainda de três falanges e três sesamóides, tendões e ligamentos. O termo casco compreende a cápsula ou estrato córneo da epiderme e os outros componentes.
A epiderme divide-se em: estrato basal, estrato germinativo e estrato córneo, este último ainda se subdivide em: em estrato externo, estrato médio e estrato interno ou lamelar.
A epiderme é avascular, pelo que os queratinócitos da camada germinativa dependem do suprimento sanguíneo da derme (córion) para obtenção de oxigênio e nutrientes. Esta difusão sanguínea pode ser quebrada o que conduz à produção de um mau tecido córneo. A camada germinativa da epiderme e o córion têm uma íntima relação, por consequência, qualquer lesão numa destas estruturas conduz a prejuízos na outra. A estabilidade estrutural do tecido córneo é resultante dos complexos formados entre a queratina e os aminoácidos metionina, histidina, lisina e arginina, bem como água, macro e micro-elementos (cálcio, fósforo, cobre, zinco, enxofre cobalto, molibdénio) e uma pequena quantidade de gordura. Externamente, verificam-se na epiderme ou tecido córneo, estruturas que adquirem um nome próprio: – Bordo coronário ou coroa; – Parede ou muralha; – Palma ou sola; – Talão; – Linha branca.
A derme ou córion divide-se em três partes: – A parte coronariana ou perioplo. Esta ocupa um espaço restrito, sendo formada por papilas vascularizadas que se orientam em direção à superfície do chão. O tecido córneo mole da banda coronária é produzido por células germinativas; – A parte parietal ou tubular localiza-se imediatamente abaixo da derme coronariana; – A derme lamelar é predominantemente vascular e tem muitas fibras reticulares densas que ligam a parede dos vasos à falange distal.
O tecido subcutâneo ou sub-cutis é abundante no bulbo ou talão, apresentando-se como uma densa camada de tecido fibroelástico. O bulbo tem uma importante função de amortização dos impactos e, quando é pressionado durante a distribuição de peso, expande-se axial e abaxialmente, transferindo as forças para a parede do casco. Quando ocorrem alterações na estrutura do talão ou quando há reduzidas forças de tensão, por exemplo, na laminite crônica, a absorção do impacto pelo bulbo fica claramente comprometida. O tecido subcutâneo está ausente na maioria do córion.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
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