A indústria equina mundial exerce um importante papel no segmento agropecuário e a biotecnologia da reprodução é uma importante ferramenta a serviço da equideocultura, como instrumento direto do melhoramento genético. A inseminação artificial (IA) oferece inúmeras vantagens, uma vez que o reprodutor pode deixar centenas de descendentes ao longo da vida reprodutiva.
A IA pode ser feita de diferentes maneiras de processamento do sêmen: in natura, diluído, diluído transportado, diluído resfriado transportado e congelado. Cada um dos tipos a ser utilizado apresenta vantagens, limitações e indicações.
A colheita do sêmen independe da técnica utilizada. O material precisa ser colhido, avaliado e processado. A técnica mais utilizada para colheita é a vaginal artificial (VA) fechada, podendo também ser utilizada a VA aberta, que tem finalidade a colheita de sêmen fracionado e é indicada apenas em situações especiais.
Outra forma de colheita do sêmen, utilizada em casos em que o garanhão apresenta incapacidade de monta ou disfunção comportamental, é a combinação de dois fármacos, a iminaprinae xilazina para a obtenção do ejaculado.
Após a colheita do material é necessário fazer a separação da fração gelatinosa do ejaculado da fração rica em espermatozoides. O procedimento mais comum é a filtragem, que retém a fração gelatinosa, parte dos contaminantes bacterianos e também dos elementos estranhos presentes no sêmen.
A metodologia da IA a ser empregada depende de diversos fatores a serem considerados, uma vez que são muitas as variáveis envolvidas, como localização da propriedade, momento inseminante (pré e/ou pós-ovulação), número total de espermatozoides, volume, diluidor, temperatura do armazenamento, características individuais de qualidade do sêmen do garanhão, valor do sêmen, resposta inflamatória uterina da égua a ser inseminada, tipo de cio, momento da estação, raça, entre outros.
A utilização do sêmen fresco, diluído ou resfriado depende da maior flexibilidade de manejo de controle folicular, momento e local de deposição do sêmen. Já o sêmen congelado depende de um manejo mais rígido, palpação retal frequente e o local de deposição deve ser profundo no corno uterino ipsilateral à ovulação.
Fonte: Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient., Curitiba, v. 6, n. 3, p. 389-398, jul./set. 2008
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