Quando o assunto é o melhoramento genético dos equinos, a inseminação artificial em éguas ganha destaque. A biotécnica se refere ao processo de deposição do sêmen no sistema genital feminino, através de manipulação artificial, e no momento adequado, visando à fertilização do óvulo.
Hoje o Brasil já conta com um dos maiores rebanhos do mundo, com mais de 5 milhões de cabeças. Diante disso, a biotécnica reprodutiva tem sido utilizada cada vez mais nas propriedades. Para entender um pouco mais sobre o tema, acompanhe o artigo até o final e conheça as diferentes técnicas na inseminação artificial em éguas.
Formas de realizar a inseminação em éguas
A inseminação artificial em equinos foi realizada pela primeira vez no século XIV, por um xeique árabe. Hoje a biotécnica é utilizada em todo mundo e conta com recursos avançados, elevando a capacidade reprodutiva das éguas a outro patamar. Porém, para o sucesso do procedimento, o médico veterinário deve se atentar para alguns cuidados.
Em primeiro lugar, existem alguns métodos de colheita de sêmen de garanhões. Em seguida, para receber o material de um macho equino, a égua precisa estar no período do cio. O cio da égua dura de 5 a 7 dias e a ovulação ocorre no final deste período, sendo que a inseminação deve ser realizada o mais próximo possível da ovulação. Por fim, o veterinário precisa compreender a deposição do material no sistema genital da fêmea.
Atualmente existem três formas de fazer o procedimento: com o sêmen fresco, com o sêmen resfriado e com o sêmen congelado.
- Semên fresco: quando o sêmen está in natura, a coleta é feita no momento da inseminação e deve ser utilizado imediatamente no local. Apesar da vantagem de economia de tempo e dinheiro, este método pode gerar a perda da motilidade e vigor rapidamente, além do metabolismo espermático manter-se elevado. Caso opte por este método, é recomendado o regime de inseminação a cada 48 horas, a partir da detecção de um folículo ovariano de 3 a 3,5 cm ou a partir do segundo dia da detecção da égua em cio.
- Sêmen resfriado: neste método o sêmen pode ser coletado e enviado para outra propriedade. O risco de contaminação bacteriana, a diluição de fatores tóxicos presentes no plasma seminal e a melhora da fertilidade são algumas das vantagens de se utilizar o sêmen diluído. Após a diluição, o sêmen pode ser transportado, resfriado ou refrigerado e utilizado em períodos que variam de 1 a 48 horas com a temperatura de armazenamento próxima a 5ºC ou 15 – 20ºC.
- Sêmen congelado: deve ser mantido no nitrogênio a uma temperatura de 196 graus negativos. Nesta biotécnica, é preciso descongelar e verificar, por meio de um microscópio, se o sêmen está apto a inseminar a égua. O sêmen congelado passa pelo mesmo processo do resfriado, mas com um diluente próprio para o seu congelamento. Como o congelado tem menor habilidade em interagir com as células oviduto da fêmea, mantendo sua viabilidade por menos tempo, é recomendado que a inseminação seja feita de 0 a 24 horas antes da ovulação ou até 6 horas após a ovulação.
Por que optar pela inseminação artificial em éguas?
De uma forma geral, a inseminação artificial em éguas é uma biotécnica vantajosa para produtores e médicos veterinários que buscam pela maior eficiência reprodutiva. Um ponto importante para optar pela inseminação nas fêmeas é garantir o maior aproveitamento de equinos de alto potencial genético.
Um problema comum na monta natural é a distância física entre o garanhão e a doadora escolhidos. Com a utilização do método de inseminação o cruzamento se torna possível mesmo que à distância. Além disso, a biotécnica possibilita que os animais cruzados não se exponham a doenças venéreas.
No entanto, para alcançar os resultados esperados é preciso fazer as avaliações corretamente e se especializar na técnica. Se você se interessa por inseminação artificial em éguas e quer aprender na prática sobre essa biotecnologia, conheça o Curso de Coleta de Sêmen e Inseminação Equina.
Fontes: CPT Cursos Presenciais, Shop Veterinário,Canal Rural, Canal Rural, Bortot, Diene do Carmo.